
Ela não perdera o encanto em quinze anos, pelo contrário, era um exemplar perfeito da mulher de Balzac. O problema começou quando ela desandou a contar a história do tempo de colégio até aqueles dias, as opções, erros e acertos e os dois caíram na porrada numa discussão tola e inútil, tipo “se você tivesse ficado comigo nada disso teria acontecido...”
Conclusão, a mulher tinha chupado umas nove doses de Red Label e de uma hora pra outra quis comer pizza. O encontro que supostamente teria a presença de uma amiga da dita cuja que nem deu as caras, foi num bar tipo pé imundo de um amigo do Marcelinho numa Rua de Copacabana, aliás, nem sei se ainda existe. E não tinha pizza, ou melhor, nenhum comestível que prestasse era servido naquela espelunca. Meu bravo parceiro imediatamente se ofereceu a ir comprar a tal pizza e desapareceu pelos próximos dez dias quando me telefonou pra saber o fim da história.
Fiquei eu, com a mulher choramingando suas mágoas infinitas e a conta pra pagar. “Aquele Filho da Puta me paga!”. Vociferei baixinho enquanto aturava uma ladainha que começava com um viciado incurável que lhe deixou um filho como herança e ainda não tinha um final previsto.
Lá pelas tantas ela falou de um cara estranho que conhecera uns dois ou três anos antes daquele encontro que dela só queria os pés. Bom, lápis e papel na mão, porque quando ela tocou num assunto fetichista nem me importei em pagar mais uma dose...
O problema é que ela nutriu um ódio mortal do cidadão, chamava-o de idiota toda vez que se referia ao coitado, dizia que ele pedia que ela usasse um tênis All Star velho antes de qualquer encontro. Tentei argumentar, disse que existe fetiche por chulé, que na certa o cara era um apaixonado por pés e não teve tempo suficiente de se explicar, mas de nada adiantou qualquer argumento, ela estava decidida a manter o “idiota” e no máximo trocava por um “infeliz”.
E seguiu tagarelando suas angustias insisttindo que seus pés eram feios. “Não sei o que o “idiota” viu nos meus pés” – sentenciou. Naquele mesmo instante, tirou os sapatos e colocou os pés em cima da mesa, na minha frente e perguntou o que eu achava, se eram feios mesmo. Olhei bem, disse que tinha lá seus encantos, coisas assim, e ela com um sorriso amarelo me perguntou se eu achava mesmo ou só queria parecer simpático.
Sem perder a pose, disse mais: “seus pés não são feios, são bem tratados e você é uma mulher bonita, mas se fosse comigo eu os amarraria, bem juntinhos e te dava um trato que as lembranças teriam sido bem diferentes...”.
A mulher arregalou os olhos e pensei: “vai levantar e ir embora, mas foda-se já está tarde mesmo...”.
Porém ela disse: “sério! Deve ser uma delícia transar desse jeito...”.
Pois é, pobre do Marcelinho, mas também quem mandou ir comprar pizza achando que ia me deixar numa furada?
Voltei pra casa no Sábado ao Meio-dia...

A bela Eduarda está pronta para uma noite de sono em sua cama.
Mas não está à vontade para se entregar aos braços de Morfeu, porque a deixaram desconfortavelmente amarrada e amordaçada.
Entre gemidos, ela briga com as cordas para achar uma maneira de se libertar e, finalmente, ter uma tranqüila noite de sono...
Mas isso é um mistério e somente quem acompanhar o vídeo de hoje do Bound Brazil terá o privilégio de ver o final dessa história.
Bound by Night é um filme de 18 minutos mostrando o fetiche de bondage com mordaça cleavedgag e “bound feet”. Um belo trabalho de bondage de Mistress Korva sob a batuta da competentíssima Lucia Sanny e, claro, com uma edição perfeita do Evandro Ynno.
Junto com esse lançamento, um photoset de sessenta fotos com as melhores imagens do vídeo. Não dá pra perder.
Uma dica para quem acessar o Bound Brazil: uma passadinha no link “vault” para conhecer detalhes do longa Conspiracy que em breve estará disponível para venda, e melhor, sem a necessidade de ser assinante.
Um bom fim de semana a todos!
3 comentários:
Caríssimo ACM!
Meu comentário nada terá a ver com o post de ontem. Mas achei que a imagem te interessaria...
A modelo Kate Moss fez um ensaio para a Melissa, marca de calçados de plástico que eu adoro. :)
Agora, repare numa das fotos...
http://1.bp.blogspot.com/_8X2fTftB65U/SpbON8xt1BI/AAAAAAAAG90/kMttD2anIzw/s400/melissa.jpg
Não é fácil imaginar umas cordinhas de sisal nos tornozelos, além de uma mordaça cleavedgag, no melhor estilo DID??
Assim que botei meus olhinhos na foto, logo pensei! haha
É o fetiche invadindo, mesmo que discretamente, os mais diversos meios de comunicação...
Beijos! :)
Pois é Sophia, e melhor ainda é o prazer de admirar uma mulher inteligente como você com essa nomenclatura fetichista na ponta da língua.
Isso me faz escrever mais e mais, pelo simples motivo: saber que contribuo um pouquinho para que esa invasão fetichista seja cada vez mais sentida e notada.
Obrigado pelo link, pelo comentário e pela opinião.
Estou de pleno acordo quanto a mordaça e a posição das cordas.
Beijos
adoro suas histórias,,,,,,,
vai entender
Quando a pessoa não teve oprotunidade de conhecer e julga sem conhecimento de causa!
Permita-se depois tire as conclusões!
Pra quem conhece e gosta do fetish ela que passou a ser a (idiota),talvez menos ignorante por ter aceito as suas cordas.
Bjs
Postar um comentário