segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dominação ou Submissão?


Já foi dito aqui antes, aliás, muita gente já disse que o ato de manter uma pessoa amarrada durante o ato sexual é uma relação onde denota a dominação e a submissão. Submeter uma pessoa ao sexo com o domínio através de cordas, com ou sem nós perfeitos, nunca deixará de ser um ato de dominação da parte de quem submete, ou de submissão, da parte de quem é submetido.
Os que buscam os dois lados desse imenso prazer são chamados de switchers, que vêm nas duas faces da moeda a melhor forma de obter prazer.
Um grande mestre da arte de bondage, mais precisamente um exímio praticante de shibari, me disse certa vez que ao mesmo tempo em que exercia o ato de dominar através de seus nós em suas parceiras, buscava ensinar parte da técnica e tinha experiências fantásticas quando essa aluna lhe submetia ao ato sexual totalmente indefeso. Confessou-me também que o fato de ser amarrado por uma pessoa a quem havia ensinado causava-lhe um prazer muito maior, pela razão bem simples dos nós serem muito parecidos aos praticados por ele.
Ao longo desse tempo, presenciei mulheres submissas ao extremo, dentro de uma relação sexual, tornarem-se implacáveis dommes submetendo seus parceiros inclusive em extremas relações sadomasoquistas.
Portanto, a conclusão que se chega ao buscarmos explicações para essas atividades dentro da esfera sexual é que no mundo do fetiche cada dia se dá um passo a mais, seja ele em qualquer direção. Mesmo os que nunca trocaram de lado, buscam enriquecimento através de aprendizado de novas técnicas até o aperfeiçoamento em pequenos detalhes.
Qual homem por mais dominador que seja não gostaria de ser subjugado por duas mulheres durante o ato sexual? Será essa uma forma de entrega, de submissão de um mestre?
O fetiche tudo abriga e nada relega.
Eric Holmann, grande amigo desde 1994, dono do site Helpeless Heroine e tantos outros que vieram na cola, como Cloloformed Gilrs, FM Concepts, e outros, me confessou que sua paixão por pés sobrepunha a sua loucura por amarrar as suas parceiras. Claro que nada lhe tirava as duas coisas, mas tornei-me seu amigo justo e quando lhe traduzi uma crônica do português para o inglês de Carlos Eduardo Novaes, sobre o cheiro dos pés femininos. Pergunto: será que Eric aceitaria participar de uma sessão de trampling com algumas dommes, ou rainhas?
Creio que não, porque não é necessário ser submisso para gostar de pés. Porém, há os que já experimentaram esse lado e se não me falha a memória, alguns esqueceram de vez seu lado dominador.
Essa é a minha opinião, como tudo que proponho escrever aqui nesse espaço, mas gostaria de saber a opinião de cada um que me dá a honra de visitar essa página. Por isso, peço seus comentários, os quais prometo publicar aqui mesmo, com o crédito dado a quem de direito.

Nenhum comentário: