Fazia frio quando cheguei a São Paulo naquela noite de Agosto.
Havia recebido um convite da Bárbara Reine, pessoa do mais alto caráter e conhecimento do BDSM aqui por essas bandas. Há algum tempo, Bárbara dava a cara à tapa, mostrando a muita gente que havia espaço para que as pessoas pudessem viver um pouco do seu fetiche.
Quem começou tudo foi a Myrta, uma pessoa meiga, submissa gentil que conhecia desde os tempos do chat da Mandic...”Que tempos aqueles”.
O evento era na livraria Futuro Infinito, pois o Somos não tinha um endereço fixo, mas sua alma abrigava gente de todo lado.
Pouca gente conhecia meu trabalho, pois desde que chegara de Amsterdam, havia resolvido levar minha vida solitária e fazendo meu trabalho de bondage com modelos brasileiras, para algumas revistas americanas.
Ao meu hotel vieram a Bárbara, a Myrta, o André Votan e a DelMonica. Sob o olhar atento da Bárbara, realizei um pequeno trabalho de bondage na DelMonica e acho que foi suficiente para tranqüilizar a Rainha de que eu poderia abrilhantar seu evento no dia seguinte.
Uma vez aprovado, comecei a palestra que a principio achava que seria para uma “meia dúzia” de curiosos, mas os olhares e ouvidos atentos daquelas inúmeras pessoas me fez ver pela primeira vez que eu não estava só e, havia muitos outros por esse país a quem poderia dar um pouco da minha contribuição aprendida mundo afora.
A força do André Votam foi importante, assim como o Klaus, o Átila do Shibari, que me acolheram como se ali estivesse um filho pródigo, há muito afastado do ninho.
A Nana, escrava do Átila foi uma das modelos, a outra não lembro bem, mas tudo correu como eu havia planejado, ou seja, com muita doutrina e prática. Pessoas que mal conhecia vieram e praticaram como o Ramsés, a Justine, a Renata, Anja Cruel, e tantos outros que a memória me trai.
Desde essa tarde fria num dia de inverno paulista, outros tantos encontros vieram até que a vida me empurrou pra dentro do meu mundo profissional de tal forma, que hoje me sinto prisioneiro dos meus próprios nós.
Poderia falar aqui das Play-parties, realizadas as Segundas numa boate em Moema e depois de tantas tardes e noites do Valhala. Foram mais de dois anos depois do meu primeiro encontro na Futuro Infinito, mas a primeira dose reserva sempre o doce sabor da bebida.
Prefiro guardar comigo esse momento, mesmo sabendo que depois dele conheci uma outra pessoa organizada e atenta como a Bela já nas dependências do Valhala, digna herdeira do feudo fetichista. Tantas outras pessoas importantes vieram e se foram, muitas são as lembranças, até mesmo com o pessoal do Rio na antiga Arroba Louca.
Hoje, colaboro com o BDSM como colunista tendo a plena consciência que meus nós ficaram na lembrança desses dias inesquecíveis.
Fico aqui lembrando do Klaus que dizia com muita sabedoria que os nós unem, mas levo comigo as palavras da Bárbara que me disse assim: “talvez você não faça idéia do quanto foi importante sua presença aqui, nesse workshop. Mas esteja certo de que te adradeço por cooperar com meu sonho”...
Essas palavras realmente me fazem acreditar que um dia tudo poderá ser possível novamente.
ACM/RJ
Havia recebido um convite da Bárbara Reine, pessoa do mais alto caráter e conhecimento do BDSM aqui por essas bandas. Há algum tempo, Bárbara dava a cara à tapa, mostrando a muita gente que havia espaço para que as pessoas pudessem viver um pouco do seu fetiche.
Quem começou tudo foi a Myrta, uma pessoa meiga, submissa gentil que conhecia desde os tempos do chat da Mandic...”Que tempos aqueles”.
O evento era na livraria Futuro Infinito, pois o Somos não tinha um endereço fixo, mas sua alma abrigava gente de todo lado.
Pouca gente conhecia meu trabalho, pois desde que chegara de Amsterdam, havia resolvido levar minha vida solitária e fazendo meu trabalho de bondage com modelos brasileiras, para algumas revistas americanas.
Ao meu hotel vieram a Bárbara, a Myrta, o André Votan e a DelMonica. Sob o olhar atento da Bárbara, realizei um pequeno trabalho de bondage na DelMonica e acho que foi suficiente para tranqüilizar a Rainha de que eu poderia abrilhantar seu evento no dia seguinte.
Uma vez aprovado, comecei a palestra que a principio achava que seria para uma “meia dúzia” de curiosos, mas os olhares e ouvidos atentos daquelas inúmeras pessoas me fez ver pela primeira vez que eu não estava só e, havia muitos outros por esse país a quem poderia dar um pouco da minha contribuição aprendida mundo afora.
A força do André Votam foi importante, assim como o Klaus, o Átila do Shibari, que me acolheram como se ali estivesse um filho pródigo, há muito afastado do ninho.
A Nana, escrava do Átila foi uma das modelos, a outra não lembro bem, mas tudo correu como eu havia planejado, ou seja, com muita doutrina e prática. Pessoas que mal conhecia vieram e praticaram como o Ramsés, a Justine, a Renata, Anja Cruel, e tantos outros que a memória me trai.
Desde essa tarde fria num dia de inverno paulista, outros tantos encontros vieram até que a vida me empurrou pra dentro do meu mundo profissional de tal forma, que hoje me sinto prisioneiro dos meus próprios nós.
Poderia falar aqui das Play-parties, realizadas as Segundas numa boate em Moema e depois de tantas tardes e noites do Valhala. Foram mais de dois anos depois do meu primeiro encontro na Futuro Infinito, mas a primeira dose reserva sempre o doce sabor da bebida.
Prefiro guardar comigo esse momento, mesmo sabendo que depois dele conheci uma outra pessoa organizada e atenta como a Bela já nas dependências do Valhala, digna herdeira do feudo fetichista. Tantas outras pessoas importantes vieram e se foram, muitas são as lembranças, até mesmo com o pessoal do Rio na antiga Arroba Louca.
Hoje, colaboro com o BDSM como colunista tendo a plena consciência que meus nós ficaram na lembrança desses dias inesquecíveis.
Fico aqui lembrando do Klaus que dizia com muita sabedoria que os nós unem, mas levo comigo as palavras da Bárbara que me disse assim: “talvez você não faça idéia do quanto foi importante sua presença aqui, nesse workshop. Mas esteja certo de que te adradeço por cooperar com meu sonho”...
Essas palavras realmente me fazem acreditar que um dia tudo poderá ser possível novamente.
ACM/RJ
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