
A Quem Interessar Possa:
Pois é brother, você pagou o preço por ter acreditado.
Não devia ter apostado todas as suas fichas numa única cartada achando que a vida se resumia àqueles dias. Não fez nenhuma poupança, não trabalhou pra abastecer seu abrigo para os dias de inverno e deu no que deu: ficou fora do páreo.
Viu tudo ir por água abaixo e se achou impotente de reagir por estar entregue.
Não, você não foi um otário qualquer, apenas foi sincero demais e não conseguiu enxergar o outro lado da moeda. Mas a face virou do lado do avesso e te pegou com as calças na mão.
E agora?
Já parou pra pensar quanto tempo já passou?
Se deu conta de que só você ainda segue batendo na mesma tecla e do outro lado ninguém mais lembra do que você insiste em manter aceso?
É hora de virar a página e encontrar a saída desse labirinto onde você se meteu e teima em imaginar que é possível existir um caminho que te leve de volta ao que desapareceu.
Não houve culpa, senão desgaste.
Um fetichista sonha e espera um dia fazer desse sonho realidade, mas precisa de alguém que compartilhe e que o estimule. O fetiche prospera se encontra reciprocidade causando a exata sensação do indestrutível.
E por que não construir seus castelos? Claro que estão sujeitos a ventos e tempestades, mas a vida é assim, pra todo mundo, fetichistas ou não e, sinceramente, você não tem do se queixar porque foi muito feliz.
Ignorou as dúvidas e incertezas em nome de uma aventura com gosto de eternidade.
Saciou sua fome enquanto tudo era alegria sem se preocupar que a sua intensidade pudesse ser demais. E foi.
It’s over!
Não adianta voltar pra casa chutando uma laranja pensando na vida que ficou lá atrás.
Se há uma luz no fim do túnel ou um trem esperando na estação está na hora de pegar seu ticket, de preferência sem volta. Pensar que pra todo mundo existe uma segunda chance.
Então agarre-a com unhas e dentes, construa outro castelo e não se preocupe em colocar cercas porque cair e levantar faz parte da vida e todo mundo experimenta essa sensação, pelo menos uma vez.
Ainda bem que você soube preservar os amigos e por conta disso seu chão ainda está debaixo dos seus pés, e mesmo abalado o tempo é a única saída para deixá-lo cada vez mais sólido.

É fácil falar, difícil é viver...
Porém, feliz daquele que tem a quem ouvir.
Quer saber o que eu penso sobre o resumo dessa ópera? Basta imaginar que no final do arco-íris tem um baú cheio de aparatos fetichistas e o telefone de alguém em que eles cabem na medida certa, sem tirar nem por.
Otimismo demais?
Nada disso, pensar positivo é a receita para esquecer o que passou e esperar por novos tempos que vêm por aí. É preciso apenas ter bons olhos para ver e não deixar escapar. O resto, bem o resto que se dane!
Welcome Back!
Um comentário:
É amigo
Poucas, mas boas palavras de incentivo podem produzir milagres nos ouvidos certos.
abraços
VH
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