segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Perdição Politicamente Correta


Noutro dia alguém se dizendo universitário em busca de um trabalho jornalístico, me perguntou sobre esse negócio de abraçar causa, dar a cara a tapa, assumir, enfim escrever um blog na internet simplesmente pela vontade de dizer o que se pensa.
Claro, pode parecer simples, mas não é bem assim.
Nada aqui é politicamente correto, aliás, sequer passa isso pela minha cabeça, porque escrever e divulgar o fetiche é muito mais uma questão pessoal do que qualquer outra razão.
Não existe patrulhamento desnecessário ou a intenção de incutir na mente alheia que fetiche é bom pra cacete e todo mundo deveria praticar. Nada disso, o que há é a vocação de ter um canal de debates, de informação, e porque não dizer entretenimento, onde apenas os interessados encontram aquilo que procuram. Qualquer indagação fora desse contexto é pura especulação.
Seria idiotice da minha parte negar que também divulgo meu site e meu trabalho, afinal é a velha retórica de uma mão lavando a outra, ou não?
Se ser fetichista é abraçar a perdição então estou perdido amigo.
Procuro falar de tudo que está relacionado com a questão fetichista, embora tenha as minhas preferências, e prego o respeito por todas as manifestações sejam elas quais forem desde que haja responsabilidade e consentimento. É assim que deve ser.
Por tudo isso não quero rótulo, detesto isso. Acho piegas demais essa conversa que meu blog é do caralho porque tenho tantos mil acessos.
Se todos os acessos nesse um ano e meio fossem de fetichistas a vida seria um paraíso...
Porém pode acontecer uma pedra no caminho do curioso e vá lá que ele tropece nessa pedra que está escrita aqui? Então a porta estará aberta, porque ele estará encontrando o que procura. Está no titulo, nos sites de busca.
Se o internauta digita alguma palavra e por coincidência vem parar por essas bandas a ele restarão duas opções: ler ou deletar. Simples.
Daí eu me apego nesse conceito, porque se procuro determinado assunto na internet e vou parar em algum lugar que não me agrada, vou proceder dessa forma, pode ter certeza. Jamais meteria o sarrafo em opções de vida não condizentes com as minhas.
Isso é politicamente correto.
Mas o cara segue com as perguntas mais cretinas e incríveis sobre as fantasias que eu escrevo como dica nas matérias. Quer saber se tudo que falo sobre bondage eu já realizei.

Se a pergunta vem de um fetichista tenho o maior prazer em responder, mas de uma pessoa que só sabe apregoar falso conceito moralista sobre a vida dos outros acho melhor deixar que ele mesmo descubra. Por quê? Das duas uma, ou tem um fetichista escondido dentro dele prestes a explodir ou está de gozação com minha cara.
A dica da fantasia só atinge quem sente vontade de tentar para obter prazer e esse não é um blog de reportagem ou canal de fofocas.
Fetiche é como aquele sapato que só cabe na gente.
E onde está o prazer de ver uma mulher amarrada?
Essa pergunta cabe a milhares de pessoas que assim como eu nasceram gostando de bondage.
E qual a graça de gostar de pés?
Talvez os podólatras tenham a resposta na ponta da língua, e por aí vai...
Mas sabe que mais?
Vá lamber sabão!

Um comentário:

Maria Augusta disse...

Ultimamente meio sumida, mas a vida tem dessas coisas, né?
Normalmente pessoas que não conhecem determinados assuntos tem um faro curioso, porém deveriam tentar saber antes de criticar.
Eu jamais tive tanto conhecimento de fetiches antes de vir parar por aqui tropeçando numa dessas pedras que vc falou.
Conhecia algumas fantasias e nesses quase quarenta anos de vida ouvi histórias e muita gente torcendo o nariz, mas sempre me mantive atenta e sedenta por conhecer certas coisas.
Hoje, depois de ler muita coisa (ufa, são mais de 300 matérias) me sinto com alguma cultura fetichista e quem sabe um dia rodo minha baiana...hahahaha.
Universitários (otários) são assim mesmo e devem lamber sabão, concordo. Se não fosse um universitário otário saberia ao menos perguntar.
Beijos de retorno!