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terça-feira, 9 de julho de 2013
Abstinência Fetichista
Chega a bater um leve desespero…
Dá tremedeira, comichão e outros bichos. Porque ficar muito tempo sem dar de cara pra fantasia preferida é como caminhar no deserto sem uma garrafa d’água. Exagero?
Nada disso, só quem sente é quem diz.
Conheço bondagista que chega a amarrar a si próprio em busca das emoções que andam em falta. De dar dó mesmo... Nunca soube de casos de sádicos que se espancam porque seria o fim dos tempos, mas que existem masocas se maltratando na encolha sem abrir o bico é fato.
Um parceirão louco por pés pedia sempre um sapato usado da namorada. Não fazia coleção, mas na falta, ele metia o nariz lá dentro e aplacava seu desejo.
Na verdade, a abstinência fetichista cumpre etapas. Porque às vezes o próprio é o responsável pelo afastamento. Basta começar a surtar com reciclagem, com a busca da parceria perfeita e o tempo passa sem pressa, mas depois o bicho pega. E quando isso ocorre se instala o terror.
Então surgem fatos constrangedores. Os marmanjos pagam um mico bem maior e a polução noturna é inevitável. Para as moças, basta lavar as roupas íntimas, mas os brothers gastam uma grana preta com lavanderia porque os lençóis viram alvo da fúria fetichista retraída.
E os efeitos não cessam nessas transas desconexas durante os sonhos.
Já vi mulher subindo pelas paredes com as unhas, dando patada em tudo e em todos porque anda distante daquilo que ela mais gosta. Se para umas pessoas sem um pezinho do lado de cá da trincheira é complicado, imaginem pra quem a fantasia é um êxtase em dobro?
Como diz o jargão: “as mina pira véi!”
E como piram. Tentar um “approach” junto a uma dominadora sem parceiro é como colocar a cabeça na boca de um leão no zoológico. E as submissas? Assumem sua própria abstinência e chegam a postar em seus espaços em letras garrafais todo seu descontentamento.
Vocês poderiam dizer que não é bem assim. Que basta abrir o berreiro e logo pinta algo novo pra consolar as moças. Porém, nem tudo que agrada Chico também agrada Francisco e o que elas querem passa longe de colocar um anuncio de classificado implorando por umas chibatadas. Na verdade, elas anseiam por um serviço completo, algo que elas possam se entregar e se sentir plenas.
Fetichismo não é sinônimo de vadiagem, pelo menos pra alguns...
Resolver a abstinência fetichista pra alguns homens não é tão complicado. Existem as moças de vida horizontal, as meninas de aluguel que uma vez cadastradas topam algumas cenas mais calmas. Mas o sujeito não admite pagar pelo sexo e muito menos pelo fetiche. Então só mesmo realizando a fantasia com uma boneca inflável ou um manequim de loja.
É lógico que o sexo de aluguel serve pra ambos os sexos. Afinal, também existem os go-go boys que topariam suprir as carências das moças. Entretanto, o grau de exigência das madames é um pouco mais acentuado que o dos homens, e isso, acaba por criar um hiato importante entre a vontade e a realização.
De fato, falar em abstinência fetichista é como enxugar gelo. O praticante pode colocar de lado, está acostumado com isso, uma vez que em noventa por cento dos casos a vida nunca foi um mar de rosas. Porém, depois de provar da fruta esquecer o sabor é muito mais difícil.
Masturbação não resolve, é paliativo.
Deixa em falta o fator pele, o olho no olho e o cigarro depois da cena não tem o mesmo sabor.
O jeito é batalhar e cortar um dobrado pra sair da crise antes que ela tome proporções gigantescas e cause danos ao patrimônio e leve o fetichista a terrível desistência.
Pra passar o tempo, basta relembrar o quanto foi difícil chegar até o entendimento de si mesmo e, com isso, o oxigênio torna-se mais puro e o tempo não vai causar a ferrugem que você tanto teme.
Depois, quando o sol voltar a brilhar, pense no quanto patético você foi ao deixar escapar o que tinha de melhor nas mãos.
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