No BDSM você pratica por prazer ou diversão. Inegável
isso.
Se juntar as duas pontas é o prelúdio da perfeição. Sim,
porque em mais de vinte anos de militância direta nesse meio não consigo
enxergar BDSM sem prazer, nem pra mim e muito menos pra alguém. Por mais que
tentem me convencer do contrário.
Mas basta entabular um papo sadio nos fóruns da vida e
não é difícil encontrar adeptos fetichistas que defendem a tese de praticar pra
“ver no que vai dar”. Isso mesmo, ver no que vai dar.
Dessa forma, em se tratando de uma dominadora se
relacionando com um masoca interessado, o pobre diabo será uma autentica cobaia
da senhorita em busca do seu próprio desenvolvimento, e assim por diante. Seria
justo? Saudável?
Alguns defenderiam a tese do combinado que não sai caro.
Tá bom, a onda agora é ressuscitar esse papo de contrato e depois dizem que a
trilogia dos 50 tons é uma bosta e totalmente fora dos preceitos do BDSM real.
Então convenhamos que sim, que fique valendo a teoria do BDSM experimental preconcebido
através das negociações da vida que ocorrem por aí. Assim mesmo seria um
envolvimento temporário e totalmente capenga, sem nexo, sem sal e com data de
validade bem próxima.
Porque se essa teoria for válida, esse amigo escriba aqui
seria o príncipe consorte, afinal, eu pratico a arte do bondage infinitas vezes
por ano de forma totalmente profissional. Porém, se o praticante não possui um
canal desse tipo com o fetiche, apenas em eventos e festas ele poderá pensar em
praticar BDSM por diversão ou aprendizado, já que não haverá o envolvimento
direto entre as partes.
Muita gente pode e deve discordar da minha tese. Acho que
o debate é importante em qualquer circunstância. Mas não consigo alcançar essa
linda de pensamento que assume diretamente a pratica do BDSM sem envolvimento,
sem sexo, sem prazer.
Já cansei de responder a emails de interessados que me
perguntam se rola tesão quando estou produzindo pro site, mas dou uma passada
no assunto aqui: não, definitivamente não rola paudurescência alguma enquanto
estou produzindo uma cena para o site. Ponto.
E quando a sessão de BDSM tem o mero caráter profissional,
ou seja, paga-se pelo fetiche?
Bom, alguém teria de vir aqui e contar como tudo se
processa, já que não sou do ramo e não entendo do riscado. Entretanto, é um
caso isolado. Quem se dedica a tanto deve ter uma visão particular que
extrapola a essência desse papo. Porque a questão proposta envolve duas pessoas
que se combinam e se habilitam pra tal programa.
Sempre é preciso pautar pela própria ótica pra se buscar
uma analise consciente, e, por conta disso, prefiro olhar pelo fetiche de
bondage. O sujeito que gosta de cordas não vai imobilizar uma mulher pra ficar
olhando pra reação dela, certo? Por mais que exista uma corrente de praticantes
de bondage que defenda esse lado do fetiche, quero crer que essa mesma galera
planeja um final bem bolado pra trama. Ninguém aqui está falando de
brincadeiras adolescentes em que se buscava imobilizar uma amiga pra depois
relaxar no banheiro através de uma sonora bronha.
Como dizem por aí o papo aqui é reto. Estamos analisando hipóteses
de envolvimento direto. Sonhos e devaneios ficam pra outro artigo. Portanto, a
musa, a heroína, vai participar da trama diretamente ou você estará relegado a
um punheteiro contumaz pro resto dos seus dias. E ela... Bom, ela a ver navios!
E assim como no fetiche de bondage outras práticas têm seu
começo, seu desenvolvimento e seu final feliz. As pessoas que aparecem no meio
com o intuito de tirar uma “casquinha” normalmente são descartáveis e
desaparecem com o tempo, aliás, num curto espaço de tempo.
Resumindo, na minha ótica, ou você vai a uma festa pra se
divertir e experimentar o bombom ou vai com alguém pra cama e coloca a prática
a vera. Claro, sem esquecer de combinar tudo antes, afinal, consentimento é bom
e necessário.
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