Há ditados sábios e alguns temos mesmo que dar a mão à palmatória (?).
Sábado acordei mais fetichista do que nunca...
Parece letra de música, mas é verdade.
E como diz um amigo, “num dia entre fevereiro e março” despertei tal como um legionário em busca de uma ação heróica qualquer, afinal um verdadeiro bondagista nasce com a eterna vocação do heroísmo, ainda que teatral.
Mas Sábado foi dia de descanso, não havia produções do site a desenvolver, nenhuma festa fetichista pra ir e tão pouco alguma “girl next door” pra salvar de um intrépido vilão. E nem por isso o dia foi menos azul, porque se a veia fetichista pulsa é sinal que tudo vai bem do lado de cá do Equador.
O telefone toca e uma amiga aparece do outro lado da linha.
Fiquei com uma inveja digna do monstro de olhos verdes de Otelo quando ela me pediu dicas para uma noite de fetiches. Claro que nesse roteiro eu não estava incluído, mas por obra e graça da minha amizade e admiração por ela, não me faltariam palavras que a ajudassem em busca da noite perfeita.
Ponderada e ainda engatinhando nesse universo, ela abriu a caixa de ferramentas e deixou suas vontades explicitas, atacou de libertina porque sabia que deste lado haveria reciprocidade. Não teve vergonha de se confessar lésbica ativa, e olha que nunca falamos sobre esse assunto, embora eu tivesse – digamos – uma leve desconfiança.
Minha amiga não trouxe o fetiche do berço como muitos, ela abraçou o fetiche quando teve os primeiros contatos, por fotos, textos e vídeos. A homossexualidade sugere diferenças quando coloca o sexo sobre a cama, e ela começou a brincar de fetiche com calcinhas dentro da boca abafando o gemido da parceira enquanto coloria seu corpo com pingos de vela.
O pior desse tipo de história que chega aos ouvidos é que ela termina quando o telefone desliga, mas não acaba nos pensamentos obscenos que a mente é capaz de reproduzir. Dá pra ficar remoendo e imaginando duas mulheres praticando fetiche diante do nariz, e tudo que você quer ser é um voyeur convidado entreolhando por uma fresta qualquer.
É legal ser útil quando sua dica ou conselho emplaca para alguém, e não me importo em responder aos amigos e amigas ou alguém desconhecido através de um email que receba aqui no blog ou no site. Quisera ter uma escola de fetiches para ajudar a centenas de pessoas que procuram a inserção do fetiche em lugar da monotonia.
Perto do meio dia os pensamentos já estavam contaminados de fetiche por todos os poros, ademais eu tinha mesmo acordado como um cão sem dono e a única saída era aceitar o que meus neurônios exigiam.

Decidi viver a lembrança e dividir apenas comigo e minha consciência, sem demonstrar frustração, apenas felicidade de ter tido a oportunidade de viver aquele dia que, mesmo passado tanto tempo, ainda permanece intacto.
Quem sabe ainda conto essa história por aqui...
Porém meu Sabadão fetichista estava apenas começando e resolvi encher o dia de atividades para evitar qualquer recaída melancólica que me fizesse esmorecer.
Entre idas e vindas coisas interessantes aconteceram e deu até pra encaixar um pouquinho de fantasia onde eu menos esperava.
Falta saber como foi à noite da minha amiga, se tudo deu certo ou ficou no quase.
Sei não, mas pela forma receptiva sou capaz de apostar que deve ter sido de abalar as colunas.
Coisas da vida...
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