quarta-feira, 11 de março de 2009

Hojo Jutsu – A arte japonesa de amarrar com uma única corda


Existe um conjunto vasto de métodos para amarrar uma pessoa e a cada um corresponde certo nível ou grau de controle. Estes métodos incluem: restrição do uso dos braços, mas deixá-los aptos para garantir a alimentação de quem está aprisionado; Restringir o uso das pernas, permitindo que o prisioneiro ande, mas não que corra etc.; enquanto que outros métodos imobilizam totalmente a pessoa. Muitas técnicas são criadas e executadas para provocar dor ou perda de consciência e sentidos se o prisioneiro se debater contra as cordas.
Esse é o conceito básico do Hojo Jutsu. A palavra Hojo é formada pelos kanji Ho, que também é pronunciado tori, e significa capturar, prender; e jo, que também é pronunciado nawa, e significa corda. A palavra Jutsu significa arte, habilidade.
A principal razão de se atar alguém veio da necessidade de se prender, manter vivo ou impedir a fuga de determinado indivíduo. Era o caso do período feudal no Japão, quando o inimigo era capturado para fornecer informações, ou ser utilizado em troca de alguém importante que fora capturado do outro lado. Há várias outras razões pelas quais o Hojojutsu era utilizado. Uma delas era segurar um prisioneiro a ser apresentado a alguma autoridade por crimes cometidos. Assim, os japoneses destacam-se por terem desenvolvido um sofisticado sistema de uso de corda para amarrar pessoas.
Quando prendendo as mãos, os pulsos devem estar cruzados, prevenindo qualquer possibilidade de fuga por flexão ou torção dos pulsos.
As pernas podem ser atadas, quer junta, quer separadamente do tronco, no entanto, quando aplicando uma técnica às pernas, é importante que sejam ambas amarradas, caso contrário, a fuga é iminente. Algumas das técnicas podem ser fisicamente muito severas, enquanto que outras, bastante eficientes e potentes. Uma técnica muito conhecida é a “lagosta” (do inglês “lobster”) e pode verificar-se na figura que é necessária uma grande flexibilidade para suportar esta posição ou uma grande brutalidade na sua execução. É também conhecido que os japoneses utilizavam como forma de tortura a aplicação de uma técnica básica aos pulsos ou aos pés de prisioneiros, dependurando-os em ramos de árvores.

O Hojo-jutsu nos tempos modernos

Pode parecer estranho que a antiga arte de amarrar prisioneiros com uma corda possa hoje ter alguma utilidade e que possa mesmo ser aplicada. A “amarração” simples e com uma corda é, no entanto, tida como uma solução mais eficaz e mais barata que as algemas metálicas, especialmente em situações de prisioneiros múltiplos.
Em 1927, uma Comissão Técnica da Polícia examinou as técnicas de Hojo Jutsu e durante esse evento Shimizu Takaii demonstrou as técnicas de detenção e imobilização de adversários só com o uso de uma corda.
Houve um crescente interesse pelas técnicas de imobilização, desde então e Shimizu fomentou a introdução de um conjunto de técnicas na instrução policial como forma de controlar prisioneiros. A utilização e instrução policial formal dessas técnicas continuaram até 1931, quando Shimizu se torna instrutor de JoJutsu na polícia de Tóquio. Ele havia organizado a instrução de HojoJutsu para todos os polícias de patrulha e as técnicas continuaram a ser utilizadas até depois da derrota do Japão na II Grande Guerra.
A proibição das artes marciais após a Grande Guerra, não atingiu o Hojo Jutsu já que este era tido como parte integrante do currículo de treino e instrução da polícia japonesa. Entre 1949 e 1968, Shimizu modificou o sistema e algumas técnicas, adaptando-as a situações mais passíveis de acontecer naqueles tempos, cada vez mais modernos.
Fontes de Pesquisa: http://www.aikideai.com/ e wikipedia

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