segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Story of O, the Series


Semana passada recebi um email falando nesse filme. Prontamente passei o link porque já havia falado aqui mesmo sobre a obra. Mas faltava o principal: um endereço eletrônico onde fosse possível baixar 0800. Então, vamos à matéria e ao link.
O ano 1992, o cineasta Eric Rochat e os artistas brasileiros.
É certo dizer que a obra de Pauline Réage rendeu inúmeros frutos nas mãos do diretor Just Jaeckin no clássico História de O, porém, depois disso, várias foram as tentativas de uma recriação do filme de todas as formas possíveis e imaginárias, embora algumas dessas produções terem sido fiéis ao enredo.
Numa trama de quatro episódios, foi rodada no Brasil uma versão do clássico. Atores e atrizes de recente sucesso à época foram convencidos pelo diretor Eric Rochat a participar do filme, com a promessa de que jamais seria comercializado ou exibido por aqui.
O elenco contava com Paula Burlamarqui, Claudia Cepeda, Paulo Reis, Nelson Freitas, Gabriela Alves, entre outros, e mesmo carregado de cenas de nudismo em excesso procurou seguir à risca a obra original desenvolvida dentro de um Roissy Tupiniquim.
No papel principal, Claudia Cepeda interpretou O, a fotógrafa apaixonada que se submete às condições impostas por Sir. Stephen (Paulo Reis) para que alcançasse um desenvolvimento sadomasoquista necessário visando uma futura vida a dois.
Entretanto, a tentativa se tornou um fracasso fora do Brasil e o tiro saiu literalmente pela culatra. Sem um bom distribuidor e já com as contas batendo à porta, Rochat resolveu aceitar uma oferta para que o filme fosse distribuído no Brasil fora do circuito cinematográfico, apostando na ascensão dos atores e atrizes em sua terra natal.
Para quem não se lembra, uma pequena caixa contendo quatro fitas em VHS comercializada em jornaleiros em 1994 espalhou-se pelo país, gerando um contra-ataque rápido dos atores e atrizes que por meio de intervenção legal, rapidamente conseguiram a retirada de circulação das fitas.
Mas o filme não encantou. Cenários pobres, repetidas cenas de lesbianismo e tomadas externas de extremo mau gosto com uma fotografia ruim. Dublagens mal feitas e fora de ritmo com as cenas conseguiram apagar a beleza e até boa participação dos atores e atrizes que empurraram o filme com a barriga.
As cenas de sadomasoquismo pecam pela falta de realismo e soam totalmente fora de compasso com o enredo. Do nada, aparece uma cela e alguém espanca uma mulher sem o menor sentido, sem sequer ter alguém observando ou supervisionando a cena.
De bom, a beleza exuberante dessas Deusas brasileiras em cenas tórridas de sexo (as que pecam pela escuridão, pouco se vê), além de algemas, chicotes, cordas, e outros acessórios fetichistas de boa qualidade.

Dizem que a obra original era composta por dez volumes, mas por aqui nada além de quatro fitas VHS podiam ser adquiridas. Ainda guardo as minhas.
A crítica no exterior teceu péssimos comentários sobre o filme, principalmente à falta de identificação com o original de Just Jaeckin e, ainda, criticou com veemência o ultimo episódio onde deveria haver um fechamento da série que termina tão ruim como começou.
Para quem estiver com folga de tempo para baixar a série aqui vai o link pelo rapidshare: http://tinyurl.com/2986t9k



Para conferir um trecho do primeiro episódio.








Um comentário:

ternura disse...

olá Sr,

muito obrigada pelo tempo gasto para compartilhar o material.

eu já li, acredito eu, que seja uma sinopse do livro, pois ele é encontrado em sites SM, achei meio pobre em detalhes e tbm, por ser uma submissa ingênua e romântica, paradoxos desse nosso Universo...*pisc... não gostei do final, me deu uma sensação de angústia...ahh confesso vai, eu queria que tivesse um final feliz, com muitas correntes, cordas, clamps, velas, torturas e spanking, com ela e Sir Stephen...rs

quem sabe eu goste mais desse filme?!?!!?...

Saudações respeitosas
{ternura}_WOLFMAN