
Já ouviram este termo antes?
Restrictive Footwear é um fetiche. Traduzido ao bom e velho português diria que trata-se de castigo através de sapatos apertados, ou seja, uma pessoa que normalmente calça sapatos trinta e oito ser obrigada a utilizar sapatos trinta e seis.
Existem praticantes. Claro que este tipo de fetiche via-de-regra se enquadra com bondage, afinal, se a idéia é forçar uma pessoa a utilizar um calçado menor, nada melhor que restringir também os movimentos.
O mais intrigante desse fetiche é o feedback. As mulheres são a maioria esmagadora dentre os praticantes, aqui e lá fora. Existem mulheres masoquistas que se auto castigam com o uso de sapatos apertados. Já cheguei até a ajudar na construção de cena nesses casos.
Criei um cenário muito louco para uma amiga que pratica self-bondage e também restrictive footwear.
A instrução foi à seguinte: numa forminha de gelo colocar as chaves das algemas e cobrir com água para congelar. Em seguida, retirar o cubinho de gelo com as chaves congeladas dentro deixando ao alcance. Calçar os sapatos, com uma corda atar os joelhos e os tornozelos bem apertados. Se for do interesse uma mordaça. Prender as algemas com as mãos para trás. Daí é só esperar o gelo descongelar para sair do suplicio.
Dependendo das condições de temperatura e da época do ano o castigo será duradouro. Se for verão, as coisas tendem a acabar mais depressa. Porém, para quem gosta de sentir o aprisionamento e tirar prazer de situações doloridas é uma boa dica.
O fetiche por sapatos apertados desperta interesse em alguns praticantes de podolatria também. Embora se saiba que tudo que diz respeito a sapatos e pés faz parte de seu universo, somente um grupo de podólatras admira alguns detalhes que sobressaem após o uso desses calçados menores que os pés. As marcas deixadas nos pés e o suor proveniente do desconforto são alguns dos aspectos.
Não sei ao certo se as mulheres que gostam de ter os pés e o corpo totalmente restritos de movimentos podem ser chamadas de masoquistas. Talvez o uso do calçado apertado neste caso funcione como uma forma de restrição apenas, e assim como as mãos, os braços, pernas e pés seriam parte de um todo. Diria que tem um apelo muito mais fetichista do que masoquista, embora existam opiniões em contrário.
Existem fetichistas praticantes de bondage que não utilizam amarrações durante o ato sexual. Gostam de praticar antes do ato, ou até depois. Criam situações capazes de satisfazer seus desejos. Imaginam a parceira capturada e as libertam. Figuram em cena como vilões e as aprisionam. A fantasia é livre e ninguém está obrigado a seguir regras ou protocolos.
Por isso, numa fantasia de captura vale imaginar a posição ideal para restringir os movimentos da parceira, enquanto que durante o ato algumas dessas posições seriam descartáveis, principalmente com respeito às pernas e pés.

E se alguma das musas que visitam este espaço quiser entrar na onda vá em frente. Pecado é não tentar e morrer de vontade de fazer.
Aproveite a dica do cubo de gelo.
A vantagem: você pode fazer sozinha, e depois, quem sabe, dividir essa delícia com alguém.
(Foto: Miranda - cortesia David Knight)
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