quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Bondagista Feliz


Acho bacana postar algumas histórias que recebo por email.
Primeiro vale esclarecer: pra quem ainda não sabe, do lado direito aqui do blog tem um link chamado “quem sou eu”. Ao clicar aparecerá minha cara simpática e abaixo em azul a palavra “email”. Basta clicar e mandar uma mensagem.
De lá chegam essas historinhas como a que vem a seguir. O legal é a não necessidade de se identificar e, ao mesmo tempo, me faz pensar se o que chega é fruto da imaginação ou realidade. Ainda que essa incógnita perdure não muda o sentido da coisa e tão pouco causa desmerecimento de quem enviou. Porque mesmo sendo uma grande fantasia, há motivos de sobra para aplaudir a iniciativa de quem se desprende a incrementar esse espaço.
Dentre tantas, procuro escolher sempre a que mais se assemelha a realidade.
Então vamos a ela.
O sujeito é apaixonado por criar fantasias sexuais que envolvam o aprisionamento na hora do sexo (bondage para os íntimos). Pra ele, não importa se ela é a vitima ou ele próprio. Como um bom switcher, curte a fantasia da forma que vier, e como afirma, fica por conta de quem se habilita primeiro.
Como esteve em tempos de vacas magras, vivia a escassez de namoradas, decidiu se aventurar pela internet até descobrir uma clinica de massagem. Ora, não é de hoje que se sabe que esses lugares oferecem aos clientes muito mais que simples massagens corpóreas.
Se confessando sem jeito ao chegar ao local, foi levado a um dos quartos com uma maca rodeada de retratos do corpo humano e diplomas. Uma simpática atendente lhe falou das condições e aos poucos meninas entravam naquele lugar acanhado onde ele estava e se apresentavam de maneira formal. Dois beijinhos, sorrisos e uma pequena volta para mostrar os dotes.
“Me senti um sultão”. Assim ele definiu a cena.
Escolheu a massagista de sua preferência, tomou uma boa ducha e ficou a espera.
Ela reapareceu com um roupão de seda em cima de um belo salto pronta para a sedução. A massagem? Aquela altura, peladão na maca só pensava nos “finalmentes”.
Deitado de bruços percebeu que a moça deixou o roupão escorregar e uma linda tira de seda caiu primeiro. Ligado no desejo, imediatamente sugeriu que a brincadeira fosse diferente. Pediu para ser amarrado à maca e ser massageado daquele jeito. A moça sorriu, atendeu seu desejo, e ao atar suas mãos de forma carinhosa e gentil escutou nosso nobre bondagista pedir que fizesse como deveria ser. “Amarra direito!”.
Ela atendeu - “quase estrangula meu pulso “- e começou a comandar a festa.
Com óleos aromáticos e cremes o cara se viu nas nuvens. Uma hora de sacanagem bem feita por cem pratas. Realmente ele não tem que reclamar da sorte.
Depois desse dia, conta que experimentou com todas as meninas da casa e ainda foi além, tentando a sorte em outros estabelecimentos. “Quase vira um vício”.
Nosso amigo termina o relato afirmando que nem todas às vezes foram perfeitas. Algumas das moças não entenderam a mensagem, chegaram a achar ilógico e lhe pregaram algumas peças. Mas num cômputo geral esses encontros nos fins de tarde lhe renderam ótimas transas fetichistas.

Resumo da ópera: o ingrediente principal para uma boa receita de fetiches é a tentativa, ou se preferirem a ousadia. O contexto de quem não arrisca não petisca é politicamente correto para quem tem em mente uma fantasia.
O bondagista do relato recorreu às meninas de vida horizontal para por em prática seu fetiche, já que não gozava de parceira afetiva. De forma direta se arriscou numa aventura sem medo e foi feliz.
Talvez esses raros momentos lhe sirvam de experiência para vôos mais complexos.

Eu também tentaria. E vocês?

Nenhum comentário: