segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Terapia da Restrição


Você pode até tentar a terapia por conta própria, afinal a teoria do self-bondage – restringir a si mesmo – funciona quando a maré não está pra peixe.
Porém, o ideal é que exista alguém por perto e possa fazer parte.
Tudo pode começar por imagens. Você navega no assunto pela rede e percebe através de fotografias e vídeos o tipo de restrição que deseja. Claro que pode ser antes ou durante o ato, porque depois pra mim não tem graça.
E por que a restrição dos movimentos durante o ato sexual seria uma terapia?
Porque tudo que se faz pensando em melhorar o desempenho sexual não deixa de ser uma terapia. Para os fãs funciona como praticar o desejo maior e aos que pela primeira vez experimentam a oportunidade de conhecer uma transa bem legal. Portanto, se alguém se dispõe a realizar uma fantasia dessa natureza deve estar em total sintonia com o fato.
Ainda que seja somente para agradar a alguém a fantasia deve ser realizada com esmero, sim porque existem pessoas que se deixam imobilizar porque o parceiro gosta. Entretanto, não obtém vantagem com isso, se limitam apenas a atender aos anseios de alguém.
Logicamente este grupo de pessoas estaria fora do contexto do self-bondage, porque mesmo que o ato de se auto-imobilizar seja solicitado durante a prática esta pessoa estará realizando um desejo de alguém, não o próprio, ainda que esteja se restringindo.
Parece complicado quando se discursa a respeito. Quando se fala em fantasias sexuais cada qual mostra a sua preferência ou até mesmo total aversão, além disso o aspecto da repetição transforma a brincadeira de adultos em fetiche o que para algumas pessoas não interessa tanto. Todo fetichista já vivenciou situações deste tipo.
Bondage não é uma fantasia extremamente perigosa quando praticada com os devidos cuidados, como manter por perto um instrumento cortante em caso de algum infortúnio com quem restringe a parceira e evitar cordas apertadas em determinados lugares onde à falta de circulação sanguínea pode trazer prejuízos.
Por isso vale a tese: se o sexo vai mal traga um bondagista pra sua cama, ou faça você mesmo na falta dele, o que nem de perto é a mesma coisa. Partindo então deste principio, vale ficar atento aos detalhes que podem fazer o trem andar proporcionando uma bela viagem.
Desde os seqüestros lúdicos bolados entre os parceiros até a participação de uma terceira pessoa na fantasia. Nada pode ser descartado quando o assunto é prazer.
Um amigo louco por bondage contratava meninas de vida horizontal para suas aventuras com a namorada. Mas se engana quem pensa que rolava sexo a três ou coisa do gênero. A participação da moça era apenas para o ato da captura, ou seja, ela o ajudava a amarrar a namorada através de uma historinha bolada com antecedência e depois se retirava. O sexo era apenas entre os dois. Alguns podem dizer que o sujeito jogava grana pela janela, porém segundo o próprio a brincadeira só era permitida até a página dois...
O universo das fantasias é complexo. Conheço pessoas que chegaram para realizar desejos de parceiros e com o tempo não conseguiram viver sem eles. É o chamado vício sadio.
Claro que nem tudo é festa e existe muita rejeição a uma simples brincadeira de bondage. Há pessoas que comparam práticas sexuais fetichistas por pura falta de conhecimento e preferem ironizar a fantasia em lugar de melhor compreender seus aspectos. Pior pra eles.

E nem pense que não saber lidar com cordas e nós simétricos avançados é razão para desistir da fantasia. Qualquer coisa que possa restringir movimentos é válida, desde simples pedaços de pano a algemas metálicas, passando por fitas adesivas caso a parceira permita.
É óbvio que vale aprender a manusear as cordas, principalmente para os apaixonados pelos desenhos que elas produzem. Vale tirar fotos, filmar, ou seja, guardar uma cena bem resolvida como souvenir de um dia perfeito, desde que haja consentimento de quem participa. Esconder câmera nem pensar. Já soube de casos que terminaram em muita confusão por causa disso.

A terapia da restrição é extensa e positiva, basta experimentar.

2 comentários:

vh carioca disse...

TRADUZIU MUITO BEM.

POUCAS PALAVRAS PODEM DIZER MUITO

GRANDE ABRAÇO

ACM disse...

Valeu meu grande Brother VH

ACM