Súcubo (em latim succubus, de succubare) é um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles para lhes roubar a energia vital.
O súcubo se alimenta da energia sexual dos homens, e quando invade o sonho de uma pessoa ele toma a aparência do seu desejo sexual e suga a energia proveniente do prazer do atacado. Estão associados a casos de doenças e tormentos psicológicos de origem sexual, pois após os ataques se seguiam pesadelos e poluções noturnas nas vítimas. A contraparte masculina desse demônio é chamada de íncubo. (Wiki Concept)
Com base neste conceito o diretor Jesus Franco criou em 1968 o filme Succubus.
Reuniu um elenco de primeira: Janine Reynaud, Jack Taylor, Adrian Hoven, Howard Vernon, Nathalie Nort, Michel Lemoine, Lina De Wolf e Américo Coimbra, pra contar a história de uma exuberante bailarina que trabalha no “nightclub” mais luxuoso da cidade de Lisboa nos anos sessenta, o Snob Clube.
E Lorna Green é uma artista performática cuja especialidade é o sadomasoquismo .
Contratada para trabalhar na boate, Lorna impressiona pela fidelidade de seus gestos e palavras. O proprietário da casa de espetáculos, porém, quer saber de onde vem a inspiração de Lorna e acaba se envolvendo com ela. Na intimidade Lorna demonstra uma personalidade perturbada e frágil. Suas alucinações tornam-se frequentes e ameaçadoras, pois envolvem assassinatos brutais. O problema torna-se real quando pessoas próximas a ela são mortas com requintes de crueldade. Sem estabelecer o limite entre alucinação e realidade ela acaba arriscando seu relacionamento amoroso e o pouco de sanidade que lhe resta.
O filme é cercado de um apelo estético interessante para a época. O roteiro impregnado de erotismo agradou em cheio no Festival de Berlim no mesmo ano.
Succubus supõe toda uma experiência nova para o espectador, graças ao equilíbrio entre a sensualidade e a morte. Eros e Thanos funcionam no enredo como uma balança do sadomasoquismo latente.
E o fetichista ávido por cenas de BDSM pulsantes também é agraciado por Jesus Franco.
A produção acontece justamente quando o cinema francês resolve dar as cartas. Um ano antes Buñuel havia mostrado sua Belle de Jour ao mundo ensinando que o cinema podia exibir sem censura e sem falso moralismo cenas do cotidiano relacionadas ao sexo.
O filme é dirigido de forma correta por Jesus Franco que optou por uma narrativa linear e uma fotografia desbotada para marcar os momentos delirantes da protagonista. Em resumo, é um bom filme do "tio Jess" que se notabilizou como um dos mais importantes realizadores do gênero "exploitation”.Não é raro achar esta obra pelo subtítulo “necronomicon”, e a mesma é facilmente encontrada em DVD.
Assista ao trailer abaixo e confira este clássico que vale à pena ter na coleção.
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