quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sonhos Ousados


Ela é uma daquelas pessoas que o mundo nos dá de brinde a cada cem anos.
Somos amigos e costumamos falar de fetiches. Não vivesse tão distante eu a veria mais vezes, mas a terra de Gardel que tanto adoro nem sempre está ao alcance dos olhos. Houve um tempo que o trabalho me empurrava mais vezes pra lá...
Nos falamos esta semana e ela me veio com uma que vale um assunto por aqui.
Me disse que o fetiche que existe mais próximo dela no momento – nunca teve outros – é ter um parceiro que aceite dividi-la com outros dois (gulosa a portenha!) de forma especial.
Num jogo de sedução extremo ela aceitaria ter apenas os olhos vendados para não saber quem seriam os tais convidados ilustres. Queria ser tomada à força por ele, seu parceiro e amante e pelos demais, sem cordas, mas empregando resistência até não poder mais lutar.
Então os três a dividiriam em partes iguais e fariam com ela tudo que suas mentes pervertidas pudessem criar.
Nas noites frias de Buenos Aires ela andou tendo espasmos noturnos de prazer com esses delírios e confessa que já despertou no meio da madrugada e se acabou em profundas masturbações...
O mais gozado de tudo isso é que essa amiga jamais assumiu ter qualquer tipo de fetiche por fantasias sexuais. Ela é jornalista, andou trocando de namorado nos últimos anos e nem mesmo em nossas muitas conversas revelou qualquer tendência a gostar de BDSM ou simples fetiches. A aventura brotou do nada, como ela afirma, e de um tempo pra cá se viu tentada a criar coragem e realizar a façanha.
Sua ligação mais próxima com este tipo de prática ocorreu faz dois anos quando a galera de lá lançou um programa de BDSM num canal de aluguel na TV a cabo, o que não durou mais de seis meses, mas me deu a oportunidade de conhecê-la e me tornar seu amigo.
Concluo da forma como sempre digo: as fantasias sexuais vez por outra povoam o subconsciente das pessoas sem a obrigação de se tornar um fetiche. Pra que isso ocorra, ou seja, para que se rotule alguém de fetichista por alguma atividade sexual especifica, é necessário que quem pratique o faça de forma freqüente e que a realização da fantasia seja uma condição básica para a obtenção do prazer.
No caso da Anabel ainda é um sonho ousado, um prazer a ser alcançado que pode seguir ou ser realizado somente uma vez. Por isso, é comum dizer que algumas pessoas se tornam fetichistas com o passar dos anos, se descobrem mais tarde, enquanto outros trazem a essência do berço.
Se desta experiência brotar outros desejos e aos poucos tudo tome forma e, principalmente, um prazer intenso, a linda Anabel ao largo de seus trinta e três anos será a mais nova fetichista da praça, com direito a carteirinha do clube.
Por enquanto ela apenas sonha e tenta encontrar coragem de falar com alguém cara a cara.
Me arisco a dizer que não toparia este tipo de fantasia, antes que alguém me pergunte. Por mais atração física e pessoal que possa ter por ela não acredito que violentar o desejo seja a melhor forma de praticar o fetiche. Um rosto lindo, belas pernas (por sinal... muito mesmo!), nada compensa a tentativa de realizar um sonho alheio, ainda mais nestas condições extremas.

Vale o papo, a amizade, confiança e perfeita sintonia, o que se torna fundamental para uma pessoa que embora viva distante se torne próxima, possa expressar um pedaço de seu sentimento. Com a dificuldade de entender o português a Anabel é leitora do blog vez por outra e garante que se diverte tanto com as histórias fetichistas escritas aqui quanto com os comentários da galera.
É linda amiga, talvez do lado de cá, mais ao norte, a questão populacional seja o coeficiente que indique mais adeptos fetichistas do que na sua linda cidade que tanta falta me faz, ou quem sabe a galera aí ande um pouco escondida,

porém, desejos não dão árvores ou postes, e nós seres humanos, somos capazes das mais loucas vontades que por muitas vezes chegam a nos assustar.

5 comentários:

  1. Grande parceiro ACM, distinto e honrado cavalheiro e bondagsita de primeira.
    Já que o amigo não está interessado em realizar os desejos desta bela potranca argentina, sugiro que passe o bastão e me candidato ao mandato de seduzi-la lentamente ao maior desejo.
    Tudo isso se ela permitir a introdução de umas cordinhas nesse sonho apimentado.
    Na falta de parceiros, convocaria os amantes da arte de bondage VH e Shinobi para dividir comigo esta missão.
    Fica o convite.
    Abraço
    Bond

    ResponderExcluir
  2. De mais a mais, neste instante de sublime leitura de seus graduados artigos, aproveito a beleza das meininas que a todo o momento passam por mim aqui na Parmê do Largo do Machado, e de meu novíssimo tablet tenho total acesso ao seu conceituado blog aguardando ansiosamente pelo pronunciamento quanto ao meu pedido.
    Abraço
    Bond

    ResponderExcluir
  3. Grande brother Bond

    A Parmê do Largo do Machado tem a grande vantagem de ser envidraçada, permitindo que o amigo aprecie o desfile de moda. Saquei!

    Olha, a Anabel na certa vai ver a matéria e como sempre faz, irá apreciar os comentários, inclusive o seu. Fica tranquilo que ela coloca no tradutor do google e entederá suas intenções.

    Entretanto, os caras convidados também fequentam o espaço e com certeza vão se manisfestar a respeito. Caso a sua idéia tenha quorum desejo-lhes boa sorte!

    Abraço!
    ACM

    ResponderExcluir
  4. Meu Insano Senhor,

    Mister Bond se candidatou a Anabel, eu refaço minha proposta: vamos brincar de corda? rs
    Juro que calmei.
    Dá uma olhada em seu TT homem! Tô por lá.

    Beijos Insanos da Doce Lollis.

    ResponderExcluir
  5. Pequena Dama,

    Claro que sim, a brincadeira procede... Menos ácida, melhor!

    Estou "following" você no TT. Verifica!

    Beijos brincalhões
    ACM :)

    ResponderExcluir