
O Eduardo tem um problema. Seu fetiche é atípico, porém, com um apelo visual capaz de causar inveja a qualquer fetichista quando apresentado numa prática, mas longe de constar na lista de preferências ou estar entre os mais pedidos.
Praticante consciente, ele treina regularmente cenas de “Knifeplay”, o fetiche por facas. Não admite falhas, e não deve, aliás, este fetiche é tão particular que uma falha significa uma sentença.
Fetichistas dominantes costumam utilizar facas em algumas cenas. Posso garantir que alguns bondagistas também fazem uso desse objeto com o intuito de causar realismo à cena e medo à parceira. Mas o “knifeplay” é diferente. Numa cena BDSM as facas são tipicamente usadas para cortar roupas, arranhar a pele, remover a cera após os pingos de velas, ou simplesmente oferecer estímulo sensual.
Para alguns o “knifeplay” pode ser altamente erótico, com reações físicas e psicológicas intensas. É também uma atividade que requer cuidados extremos, por isso, a necessidade de aprender corretamente. Como acontece com qualquer tipo de jogo com instrumentos pontiagudos pode, potencialmente, tirar sangue. Como conseqüência há o risco de transmitir doenças sexualmente transmissíveis ao longo da prática. Além disso, existe o risco de cortar o lugar errado e causar perda excessiva de sangue, ou acidentalmente um esfaqueamento ainda que involuntário.
Mas o Eduardo não desiste fácil do fetiche. Sabe que a concorrência é acirrada e a demanda é difícil. Na lei de oferta e da procura ele sempre está em desvantagem porque tem muito caçador para pouca caça.
“Não é fácil convencer uma submissa a aceitar ter parte do corpo marcado com desenhos feitos com ponta de faca. Há o risco da marca permanecer pra sempre tatuada no corpo caso aconteça um imprevisto. Treino muito pra não errar, aliás, só uma vez perdi a mão e deixei um traço que me custou um ótimo relacionamento”. – Ele diz.
É complicado brother...
Na verdade, muitos praticantes de BDSM têm em seu lado baunilha um compromisso sério, um casamento, que fica distante do que costumam fazer. Por escolha própria assumem um lado B na vida e se relacionam clandestinamente através de fantasias as quais jamais fizeram parte de seus relacionamentos dentro de casa.
Nestes casos, ter a pele arranhada normalmente com as iniciais de quem cria o desenho é um risco extremo, uma confissão de que existe uma segunda face até então desconhecida e jamais imaginada. Por isso, fica explicito o medo quanto a jogos que incluam facas, punhais ou simples canivetes.
Marcas de cordas, açoites ou pingos de vela desaparecem com facilidade. Basta um creme corporal e um pouco de tempo pra tudo “voltar ao normal”.
Me faz recordar o caso de uma amiga submissa que implorava por um soco de seu dominador.
Mas não era um sopapo simples, tinha que ser com força e com vontade. Casada, insistia em ter consigo alguma marca que a fizesse lembrar de uma relação fetichista em vias de terminar.
De tanto insistir foi atendida e ao chegar em casa com o olho roxo simulou um ataque de um bandido na rua em busca de seus pertences. Claro que alguns objetos se foram, como o relógio e o cordão. Não prestou queixa, convenceu o marido que de nada adiantaria e conseguiu ficar com a marca por um bom tempo...

Resta ao Eduardo e a outros dominadores seguirem com a procura pela cena perfeita.
O bom fetichista não foge ao desafio o que faz com que a realização da prática seja o nirvana alcançado.
Então meu caro é hora de ir à luta...
Oi tem selo pra vc no meu blog,ve se passa lá
ResponderExcluirbjs
Nossa!!
ResponderExcluirAs imagens com as facas são.. deliciosas e fortes..
Bjs da lua.
=))