
Ainda me lembro daquela manhã de inverno.
Me deu um estalo e assim que saí do banho fui correndo ao laptop pra conferir a premiação.
Quando olhei o resultado foi tanta satisfação que a ficha demorou a cair.
Mas essa história do Bondage Awards começou um ano antes. O site engatinhava e apesar do vasto material que se acumulava eram somente seis meses de atividade. Algo impensável diante da importância de uma premiação. E por que não tentar? Resolvi inscrever o site.
De repente alguém foi lá deu um voto aqui e outro ali o que serviu para passarmos de fase até receber uma menção, uma citação entre os trezentos melhores. Achei interessante e agradeci aos que nos deram esse voto de confiança.
O que esperar além disso? Divulgar o trabalho e fazer as pessoas acreditarem era o principal objetivo.
Só que entre 2009 e 2010 havia uma lacuna. Um espaço a ser desenvolvido em busca do crescimento. Procurei interagir com gente de peso da indústria fetichista, revi conceitos para entender como conviver com um portal de vendas. O site cresceu. Novos assinantes brotavam todos os dias aumentando a responsabilidade cada vez que se pensava em alguma coisa nova.
Veio a primeira tentativa de produzir algo diferente, que pudesse reescrever nos dias de hoje o fetiche que era produzido no passado. O filme “Conspiracy” foi um embrião e valeu como balão de ensaio e me fez aprender com as falhas.
Aquela velha teoria de sair por aí com um bando de garotas, uma idéia na cabeça e uma câmera na mão não surtiu o efeito desejado, e pior, o site tomou ares amadores demais junto aos concorrentes e a crítica. Levei pau nas primeiras avaliações dos portais especializados e aprendi mais uma vez. Era o momento de mudar tudo ou começar a aceitar a idéia de que fora do hemisfério norte nada daria certo em matéria de fetiches.
Foi o momento da virada. Como se eu tivesse mandado confeccionar uma bandeira onde aparecia em letras garrafais: “essa porra tem que dar certo!”
O ano começou com mudanças radicais. Passei a produzir um clipe e um vídeo por semana. Encurtei a metragem apostando numa velocidade maior de download. Garimpei espaço junto ao provedor, banquei equipamentos de primeira e o site ganhou identidade e decolou.
E tudo isso passou pela minha cabeça quando naquela mesma manhã fria o resultado do Bondage Awards 2010 me sorriu. Oitavo melhor site entre tantos, uma honra, a alma lavada. E se é verdade que toda ousadia será recompensada, ali estava meu pote de ouro no final do arco-íris.
Embora reconheça que alguns produtores constroem páginas a luz e semelhança de seu próprio fetiche, eu posso assegurar que essa nunca foi a minha idéia. O site Bound Brazil tem sim um pouco de mim, afinal seria como um artista negar a sua própria aptidão, se comparado, mas eu aceito o fetiche de forma coletiva na boa, desde que esteja dentro de uma linha traçada quando do lançamento da página.
É o que faz com que quem assina tenha assiduidade, porque sabem que haverá uma continuidade do que ele gosta de ver. Um site não é pra todos, busca um segmento e nele espera se sedimentar e evoluir.

Quando o filme “The Resort” foi lançado todos acharam o máximo. Muitos duvidaram que uma produção com cuidados extremos fosse oriunda de um site que ainda usava fraldas, mas a cama já estava feita. O site já tinha uma medalha pra mostrar.
Foi o que faltava pra escrever de vez o nome do Bound Brazil na história do fetiche.
A todos os amigos e amigas o desejo de um Feliz Natal!
Boas festas!!!
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