terça-feira, 26 de outubro de 2010

Qual é o seu Fetiche?


Pra começar essa conversa vale citar o camarada bêbado que entra no táxi e ao ser indagado pelo motorista sobre o destino responde: jamais saberás...
Pois é, assim como o motorista do táxi várias vezes nos vemos em apuros para decifrar Códigos Morse ao tentar desvendar segredos, principalmente quando a intenção é descobrir a fantasia sexual, o fetiche, da parceira ou do parceiro. Os mais conservadores dirão que tudo vem com o tempo, que o relacionamento na medida em que avança traz confiança e credibilidade, mas devem concordar também que existem exageros. Mentes indecifráveis que fazem absoluta questão de permanecer dessa forma por tempo indeterminado.
Os apressados dirão: a paciência tem limite.
Mas é bom começar a admitir que a excentricidade pode ser um fetiche também. Por que não? Se for assim, aqui vale um conselho: quem muito espera, um dia cansa.
Muitas vezes a vergonha ou a timidez retarda esse processo. Para algumas pessoas as palavras pesam, causam engasgos, e mesmo que haja vontade de expressar sentimentos e desejos a válvula emperra a tal ponto que destravar é muito complicado.
Uma dica: vá com calma e procure escolher a pessoa que nas conversas preliminares mostrou-se aberta a novas descobertas e experiências, assim é mais fácil chegar ao destino.
Não faça como um amigo sádico que na primeira noite revelou-se a uma nova conquista. Segundo ele, foi necessário muito diálogo para que ela não chamasse a polícia. Depois disso, nunca mais. A mulher preferia ver o diabo a escutar falar do nobre fetichista.
Há exemplos de tentativas frustradas e bem sucedidas.
A simplicidade ou a complexidade do fetiche são fatores determinantes. Fetiches mais fáceis de serem introduzidos na relação saem em vantagem. Outros, porém, necessitam de consenso e, principalmente, aptidão para realizar. Ninguém pode obrigar alguém a ter prazer através da dor, de açoite ou eletro-estimulação. Nem todas as mulheres que admitem ter os cabelos puxados ou um tapinha na bunda durante o ato sexual se submetem a sessões de espancamentos ou pingos de vela.
Claro que existem casos de pessoas que descobriram o prazer nesse tipo de atividade sexual depois de experimentar. Nem todos nascem com a essência, e nesses casos, é preciso flertar com as experiências para fazer a opção. Vai que dá resultado?
Os fetiches habitam um universo particular. O ar que se respira nessa atmosfera é diferente.
Sempre é bom lembrar as dificuldades que existem quando alguém que ignora fetiches se relaciona com uma pessoa que alcança prazer com essas fantasias. Da mesma forma que é bastante nocivo aceitar um relacionamento onde o fetiche não faça parte da vida a dois. Inevitavelmente as fantasias serão praticadas de forma extraconjugal, com isso, as chances de aparecerem problemas são muitas.
Como diz um grande amigo, viver sem dificuldades deve ser bastante monótono...

Por isso, mãos à obra. Crie um perfil, um blog, uma página no fetlife, arrisque os primeiros passos. Pode demorar, mas sempre haverá alguém do outro lado da linha querendo saber qual é o seu fetiche.
Basta deixar a vergonha e a timidez trancadas no armário.
A melhor maneira de saber os segredos de alguém é começar falando dos seus. Abrindo o jogo, devagar, sem pressa, para colher o que virá mais tarde. Sempre funciona.
Quer tentar?

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