
Aconteceu Sábado durante o 24/7 no Dominna em São Paulo.
Ao longo da semana vamos falando sobre o encontro desse ano, mas hoje vale escrever sobre esse gancho que é saudável e, digamos, diferente.
Nada mais estranho ao ninho que pessoas “baunilhas” em festa fetichista. E olha que esse termo, embora pareça pejorativo, soa agradável, já que um sorvete de baunilha é saboroso. Assim como é saboroso ver uma pessoa de fora do contexto querendo tomar todas as informações possíveis sobre o que está havendo.
Tudo é estranho nesse mundo novo, principalmente quando é visto olho no olho, ao vivo, porque de uma forma geral essas pessoas só tiveram ou têm acesso pela internet.
Bom, lá pras tantas ao ver o Marco Claro, amigão e fotógrafo fetichista dos melhores, gastando toda a saliva possível tentando ser o cicerone desse mundo novo a essas meninas deslocadas de seu rumo, os drinques fizeram efeito e soltei tanta bomba no ouvido delas que deu pra notar os olhos esbugalhados das moças.
Não que eu tenha perdido a paciência com tantas perguntas, pelo contrário, porque se existe uma coisa que me fascina é tentar passar as pessoas uma imagem positiva dos que gostam de fetiches e práticas BDSM. Aliás, o blog é a prova latente dessa vontade.
Mas como se sabe, o álcool e o desembaraço andam de mãos dadas e de repente me lembrei daquele cantor Wando, o obsceno, e disse às garotas: “Deus te proteja de mim...”
Claro que no mundo BDSM a regra é clara: não há prática sem consenso. E dentro desse princípio, as meninas podiam estar tranqüilas e calmas, pois ninguém de chibata em punho as levaria a um pelourinho sem que houvesse a devida permissão e, lógico, vontade.
Porém, se a regra proíbe por um lado também permite por outro, e minha intenção não era trazê-las para serem envolvidas por minhas cordas, a idéia era fazê-las compreender a coisa como um todo e explicar a razão pela qual todas aquelas pessoas estavam ali, vivendo um dia de festa, revendo amigos e celebrando a sua própria fantasia como se fosse o dia da Graça.
Se elas um dia vão incorporar alguns hábitos do que viram às suas vidas ou experimentar alguma das tantas novidades a que foram apresentadas, é uma incógnita, somente elas poderão dizer ou fazer.
O fato de estar ali em busca do conhecimento, desde que seja com respeito aos que em casa assumem sua faceta pessoal já é um passo enorme, afinal a curiosidade leva o gato a cometer as maiores loucuras em vida felina.
A descoberta do fetiche como mola propulsora sexual em determinada fase da vida, continua sendo o xis da questão. É incrível observar algumas pessoas que nunca possuíram um impulso natural por fetiches ao longo da vida, desembarcar nesse porto com tamanha desenvoltura a ponto de não desgrudar mais daquele cais.
Fica então a teoria do “vivendo e aprendendo”. Desafiando todas as regras e suposições fazendo valer aquela velha retórica que sempre digo: quando a vida sexual não anda bem, experimente levar um fetichista pra cima da sua cama. Garanto que as coisas nunca mais serão da mesma forma.
Pra finalizar, deixar o registro da min

A Bela, a Loba, e o staff mereceram receber toda aquela gente exibindo com um orgulho irretocável seus dotes e conceitos fetichistas sem medo ou vergonha de ser como são.
Durante a semana rola um papo com os amigos e deliciosas entrevistas com essa gente bronzeada do sul do Equador.
Ave Dominna!
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