terça-feira, 27 de abril de 2010

Paz e Sossego


“Cansei de tanta conversa mole!
Tudo que eu queria naquela manhã de Sábado era paz e sossego. Esqueci os amigos, a cervejinha e sentei pra ler o jornal e observar a chuva fina que caia pela minha varanda.
Tempo fresco e dia longo pela frente, mas sem aviso prévio minha mulher chegou de mansinho, sentou ao meu lado e começou com uma ladainha insuportável. Falou da minha sogra, dos vizinhos chatos, tudo aquilo que eu não queria ouvir.
Pedi, quase implorei, mas ela não me escutou.
Olhei para o lado e havia uma sacola com um material que eu iria utilizar para consertar a piscina plástica da minha filha que o cachorro da vizinha furou. Notei a presença de um rolo de fita adesiva de cor cinza daquelas que utilizam nos filmes de ação e suspense.
Não pensei duas vezes. Arranquei um bom pedaço, fui na direção da tagarela e selei-lhe os lábios com força. Escutei um mugido, um som abafado que durou poucos e inestimáveis minutos seguido de um grito histérico, afinal ela tirou com tanta força que deu pra ouvir o barulho da fita descolando da pele fina do rosto.
Xingou, me chamou de maluco e quase avançou pra cima de mim.
Então me veio à lembrança de seu blog e resolvi fazer em casa o que um dia cheguei a tentar planejar encontrar pela rua. Nunca assumi o fetiche, embora tivesse certa tendência de gostar de algumas coisas estranhas. Falar, me confessar, nem pensar.
Só que aquele Sábado de descanso desenhou um novo horizonte que se tornou impossível não experimentar a sensação de viver pelo menos uma vez o que tantas outras vezes pensei em fazer.
Peguei minha mulher pelo braço, na “marra” mesmo, sem dar a mínima chance.
Joguei-a na cama (estávamos sozinhos, minha filha só voltaria da minha sogra de tarde), desenrolei outro pedaço da fita e amordacei-a sem dó. Juntei seus pulsos acima da cabeça e atei-os com mais fita.
Nesse instante, ao ver sua cara assustada com minha volúpia, tive a certeza absoluta de que ela sabia o que eu queira, só não tinha a idéia de até onde eu iria chegar.
Daí em diante arrancar-lhe a roupa com força e saboreá-la com jeito foi tudo que me veio à cabeça e de tanto ler sobre fetiches por essa Internet afora me senti seguro para chegar até o fim.
Pra minha sorte tudo acabou em festa. Ela gostou mais do que eu e a todo o momento me pergunta quando será nossa próxima aventura.”

Esses casos do cotidiano, dos primeiros passos na direção da descoberta e prática do fetiche são interessantes de ler, guardar pra depois dividir. Às vezes crio personagens, mas não invento o conteúdo, embora admita que em algumas ocasiões possa haver certos exageros.
Mas se o que importa é ler sobre fetiches, suas aventuras e possíveis conseqüências eu me rendo aos amigos que me confiam suas estórias ou histórias.
Essa do Sérgio deu vontade de viver ou assistir como um bom voyeur comportado. Ou não?
Sobrou apenas uma pergunta: se a idéia antes do fetiche acontecer era amordaçar a mulher para aproveitar algumas horas de paz e sossego, será que não valeria à pena deixá-la um bom tempo amarradinha num canto do quarto e seguir com a aventura do rapto forçado algum tempo mais tarde?
Bom, pelo menos fica aqui uma dica do blogueiro acostumado a criar os mais inusitados roteiros fetichistas que agradem Gregos, Troianos, Brasileiros, Ingleses, etc.
Quem tiver vontade de contar suas estripulias aqui nessas páginas basta escrever: boundbrazil@gmail.com ou acm@boundbrazil.com
Conto tudo, detalhe por detalhe.

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