
Quem não gosta?
Não é preciso ser um fetichista de carteirinha pra ter loucura por gemidos femininos na hora do “vamos ver”, mas se esses gemidos vierem inseridos numa boa fantasia sexual até o Diabo esfrega as mãos.
Podia falar aqui dos urros masculinos nesses momentos, porém é preferível que esse assunto seja devidamente tratado nos inúmeros blogs das minhas amigas (com link ou não), verdadeiras especialistas no quesito.
Detalhe: perco a linha quando o gemido de uma fêmea sai detrás de uma mordaça...
Diria até que é fundamental, afinal a audição é um combustível fetichista dos mais interessantes que existem. E para os que preferem que elas falem, se derramem, peçam, sem problemas, desde que seja dividido em partes iguais com o velho e conhecido tom abafado que as meninas usam deliberadamente para nos torturar.
Algumas começam tímidas e aos poucos vão se especializando em sons que funcionam como um canto de sereia no ouvido de Ulisses. De um modo geral, as mulheres mesmo em posição sexual submissa, descobrem as armas da sedução rapidamente e sabem a hora certa de usar com a plena consciência da condução da fantasia.
A mulher que usa uma roupa ou um par de sapatos sabendo que aquilo te deixaria sem chão, é a mesma que seduz com pequenos gemidos que aumentam de acordo com o compasso do sexo.
Falando de Love Bondage, esses gemidos têm preferências incríveis. Quer saber?
Os que gostam de uma mulher amordaçada com um pano ou fita cobrindo a boca, a chamada OTM Gag (Mordaça “Over the Mounth” – por cima da boca), e os que preferem as mordaças por entre os lábios, as “Cleavegags” ou “Ballgags”.
As diferenças são visuais e de sons: visual porque cada fetichista tem a sua mania, e por conseqüência, admiram a beleza da mordaça, mesmo que ela exista para limitar o som emitido pela boca. Quanto ao efeito sonoro, a mordaça OTM produz um som mais abafado, enquanto as do tipo “cleave” geram um som mais aberto, onde é quase possível ouvir algumas palavras entre os dentes.
Se mudarmos de cenário e de tipo de fetiche, encontramos um panorama diferente.
Em alguns praticantes de BDSM, gritos e gemidos em tom elevado produzem um efeito bomba capaz de abalar estruturas. É comum encontrar dominadores e dominadoras que não utilizam mordaças em seus parceiros, primando por escutar apelos e frases pedindo o castigo, a humilhação, ou ainda, afirmando a devoção.
Neste caso, o estalar do chicote mixa com ordens em tom duro e gemidos submissos.
Passando de um pólo ao outro, ainda no mesmo tema, produzir gemidos fora de contexto é uma tarefa tão complicada quanto encher um balde d’água a conta gotas.
Mas como? E por quê?
Quando se produz um filme fetichista onde as cenas não são reais, senão fantasias de fantasias, a mulherada precisa estar atenta e treinada para promover uma orgia de sons sensuais dentro de um estúdio, com pessoas em volta, duas câmeras e luzes incandescentes que funcionam como um corta tesão da pior espécie.

Mas assim mesmo elas gemem, e levam pra casa um pouco do que encontram em nosso mundo que pode servir de aprendizado para uma noite de pouca inspiração.
Pra finalizar uma frase de um grande parceiro bondagista:
Melhor que um bom gemido de uma mulher amordaçada, somente aquela velha frase que todo fetichista que é louco por Love Bondage gostaria de ouvir: “me amarra, vai”?
Pode ser...
Realmente um gemido de prazer, abafado por uma cleavegag ou por uma mão (handgag) é simplesmente algo enlouquecedor, que somente um bondagista nato, é capaz de dimensionar.
ResponderExcluirººº
ResponderExcluirAdorei o teu blog... vou até recomenda-lo a pessoas amigas ligadas ao Bondage... logo mais irei linkar-te no "pes y sapatos"
Forte abraço
Lindo texto. Gemer bem é um talento. Algumas são melhores que as outras. Mas gemido é como o sexo em si. Mesmo quando é ruim é bom. Tem as muito tímidas, que quase não emitem som, e as muito exageradas, que parece que estão sendo espancadas, quando não verdade estão apenas amarradas. Nesse tema, falando sobre gemidos e mordaças, sugiro (se é que já não foi feito e minha memória me derrubou novamente) um texto sobre drolling - a arte de babar enquanto se está amarrada e amordaçada. Que tesão que dá ver uma mulher perdendo o controle sobre a saliva, sentido-se ainda mais submissa por estar babando. Já vi até um video certa vez, onde as modelos usavam bit-gags e eram obrigadas a encher um pote de baba para ganhar uma espécie de competição. Chega por hoje - hora de voltar ao mundo real. Abraços
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