quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A Nossa Kate Mahoney


Somos bondagistas e como tal temos nossas heroínas.
E de onde elas surgem? Do fundo da nossa imaginação, do que captamos nos seriados de TV, nossas musas, namoradas, esposas e amantes.
Nossas heroínas habitam nossos sonhos e desejos que às vezes, durante um longo tempo vivemos de forma clandestina, na calada da noite.
Queremos capturá-las, salvá-las, pouco importa, criar uma sensação indescritível que só passa despercebida por quem nunca conseguiu sonhar este sonho.
Quantas vezes quisemos ser os vilões, torcemos por eles em busca da cena perfeita pra ficar gravada na memória e quem sabe um dia virar realidade inserida numa gostosa fantasia com alguém que sonhamos um dia conhecer.
Somos bondagistas sim, e essa essência inocente é o que nos move, nos une como os nós que tanto gostamos de fazer, de ver. Nos chamam detalhistas, sistemáticos, fetichistas sem sal, sem tempero, mas temos orgulho de gostar daquilo que só a nós pertence.
O love bondage é muito mais de um simples conceito fetichista, é o amor que temos por esse sentimento que consideramos tão perfeito que jamais ousamos pensar em existir sem ele. Vem da alma, como algo inexplicável que sequer perdemos tempo em saber como foi parar ali.
Gostamos de cordas, de lenços, de fitas adesivas, de algemas, de pés (amarrados de forma lateral ou cruzados, descalços ou calçados), vivemos nossos detalhes da maneira que mais nos convém, que mais nos excita.
Cada um com sua pequena diferença, de contexto, de conteúdo, de emoções.
Mas somos uníssonos quando criamos as nossas heroínas e dividimos entre nós na mais plena harmonia que impressiona a quem jamais imaginou que esse bando de loucos pudesse existir.
Imaginem um jogo de cartas onde cada um trouxesse a sua dama. Agora pense numa roda de praticantes trocando essas cartas de diferentes naipes, com a alegria de poder perceber no cara ao lado a mesma interação à sua canastra. Depois, embaralhe as cartas e coloque-as viradas do avesso para que cada um possa reencontrar sua dama preferida.

Dali diversas heroínas seriam citadas e a mais pedida, mencionada em todas as listas, seria a eleita.
Não viajamos num trem sem destino e tão pouco trafegamos numa estrada sem fim, temos nossos delírios sem ser sonhadores banais tentando viver fora da realidade. Apreciamos a fantasia e defendemos nossa bandeira com consciência absoluta de saber o que queremos.
Sempre haverá espaço para novos bondagistas e suas heroínas, vilões e heróis com suas artimanhas para que nosso desejo nunca se perca nas sombras do preconceito e da incompreensão.
Qual mulher em sua vã filosofia pessoal, nunca sonhou ser capturada e depois libertada por seu salvador?
Queria estar nesse sonho e se um dia puder nascer de novo, minha maior alegria seria ter o desejo de ser um bondagista.


Kelsie Chambers e Andrea Neal, duas das mais solicitadas heroínas de videos de bondage.

Kate Mahoney foi à heroína de um seriado de televisão chamado no Brasil de “Dama de Ouro” na década de noventa.

4 comentários:

  1. caramba.. kelsie chambers e andrea neal.. o sonho de consumo de qualquer bondagista.
    eu tenho minha heroína e ela já faz parte do time do boundbrazil. Incluvise já protagonizou a mulher maravilha... para mim, com ou sem fantasia, ela será sempre minha wonder woman.
    abraços... me escreva quando puder contando as novidades.

    ResponderExcluir
  2. Eu quero ser salva por um cowboy,
    Laçada na medida certa, no momento exato do tesão.
    Nenhum Menudo me fascina tanto quanto um cowboy.

    ResponderExcluir
  3. Fantástica esta matéria, aliás isso já virou uma gostosa rotina.
    Nós, amantes do bondage, do love bondage , muitas vezes taxados de baunilhas, de água com açúcar, nos orgulhamos de seguir esse ideal, que faz parte dos nossos sonhos e do nosso dia a dia, de fazermos do bondage uma grande brincadeira, virarmos adolescentes numa gostosa brincadeira de rapto, que pode ter uma conotação sexual, ou não, ou nos brindarmos com belas fotos, aonde toda a técnica de uma bela amarração está exposta ali no corpo de uma bela mulher. Nos deliciarmos ao ter em nossas mãos uma mulher amarrada, amordaçada... e ter um único intuito de proporcionar a esta mulher, horas de intenso prazer, em que todo o seu Tesão seja expelido por seus poros e ouvido em seus gemidos.
    Acho que falei demais, mas para terminar, o que hoje da´mais orgulho a todos os bondagistas, e termos aqui em nosso país, um blog e um site 100% brasileiros, que a cada dia que passa faz o bondage ocupar o seu espaço devido na sociedade brasileira.
    Gde abraço,

    ResponderExcluir
  4. Uau! Um texto delicioso de ler...fiquei triste quando acabou!
    Gosto quando expõe o teu lado romântico ao descrever o bondage. Já que é visto por muitos olhos como algo agressivo e sem sentido! Mas é essa mistura de tortura, tesão e paixão, que faz o clima esquentar e enaltecer toda a lascívia dos instantes, dos segundos, dos minutos e das horas!

    Bjs carinhosos

    Fabby Lima

    ResponderExcluir