sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Castelo de Cartas


“Meu sonho era praticar com ela vestida de noiva...”.
Com essa frase lacônica, Aderaldo assumiu encerrar um longo capítulo de sua história.
Ele havia conhecido a esposa cinco anos antes de se casar e aos poucos foi conquistando espaço a seu lado.
Sadomasoquista convicto, ele jura que ao longo do tempo de namoro não faltaram noites em que foram praticando e conhecendo o fetiche de mãos dadas, juntos, em plena harmonia e consentimento.
E tudo caminhava para um gran finale tanto que resolveram juntar as escovas de dente debaixo do mesmo teto. Freqüentaram festas, participaram de grupos, fizeram amigos do meio, começando do zero mesmo.
Cada vez mais dependente sexual da companheira, ele nunca forçou nada e deixou que o tempo se encarregasse de criar um vinculo entre a relação e o fetiche, e conta que chegou a se imaginar como o ser humano mais feliz da face da terra.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas (opa! Já li isso antes...) e com a proximidade do casamento às relações sexuais e fetichistas ficaram cada vez mais esparsas. Ele garante que nunca faltou diálogo e cerca de um mês antes da data marcada tentou argumentar sobre as razões de tanta indiferença e frigidez, fato raro nesse longo período de convívio.
As desculpas variavam desde a ansiedade por conta do passo importante até o cansaço pela montagem da nova casa, passando pela mudança de responsabilidade prestes a se tornar realidade.
Aderaldo aceitou a situação e apostou nos cinco anos de convivência para ser feliz.
Passaram-se os dias, o fato foi consumado e as desavenças tiveram inicio na Lua de Mel.
Irritado, aceitou o sexo baunilha como mera formalidade de núpcias e começou a travar uma luta inglória entre o casamento e o fetiche a partir daquele dia.
Tentou de todas as formas a retomada do que existia e ouviu as mais variadas desculpas, desde o sentimento de culpa por ser “obrigada” a viver uma vida fetichista pra sempre, até a desculpa de que um dia viriam os filhos que não poderiam ser educados debaixo de sombras de um passado pervertido.
Meu amigo minguou diante do abismo que se abriu a sua frente e aos poucos desistiu de argumentar, de lutar por seus “direitos” adquiridos naqueles anos. A mulher maravilhosa desaparecera um mês antes do casamento abrindo espaço para uma outra pessoa com idéias contrárias a tudo que fora construído. Sentiu-se enganado dentro de uma armadilha as portas de um castelo de cartas desmoronado e em ruínas.
Nem sempre uma relação deve ser medida somente pela questão sexual porque existem outros fatores responsáveis pela união de pessoas, apesar de acreditar, sempre, que não há estabilidade que resista a um casamento ou relacionamento sem o sexo como testemunha.
Pois fadada a um final infeliz a peça terminou. Aderaldo juntou suas coisas e desistiu do casamento. Antes de completar um ano partiu sem deixar rastros lamentando ver seus sonhos transformados num terrível pesadelo.
Hoje, divorciado, ainda busca seu par perfeito sempre com o passado na cabeça e louco para sonhar outra vez.
Que a sorte te acompanhe, brother!

STRUGGLING: A Fantasia Perfeita de Bondage.

Terps e Jackie são seqüestradas em seu local de trabalho por um terrível algoz.
Despidas, amarradas e amordaçadas, travam uma luta incessante contra as cordas até o final na esperança de escapar.
Afinal, haverá êxito nessa desesperada tentativa? O temível raptor reaparecerá?
As respostas a essas perguntas estão no vídeo de hoje do Bound Brazil.
Struggling apresenta belas garotas, sensuais lingeries, ótimas tomadas de bondage, mordaças cleaved gag e duct tape, além de realizar um desejo de vários assinantes do site: as legitimas havaianas...
Tudo isso retratado pela lente curiosa e indiscreta de Lucia Sanny e um roteiro quentíssimo de Julia Mayo.
Imperdível!
Ainda hoje, um excelente set fotográfico com as duas estrelas do filme num ensaio de bondage (back-to-back). Perfeito!

Um bom fim de semana a todos.

2 comentários:

  1. Pois é, será que existe um final feliz para esse tipo de história?
    Sempre haverá uma vírgula, ninguém é perfeito mesmo e a semelhança divina não parece se importar com os fetichistas.
    Fiquei com peninha de seu amigo.
    Foi real mesmo ACM?
    Beijos e ótimo weekend pra ti também.

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  2. Trágico, porém real, infelizmente.
    Life goes on.

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