sexta-feira, 11 de maio de 2012

Terapia Fetichista


Sabe aqueles dias em que você está com o fusível mestre queimado, olha pra cá e pra lá e tudo a sua volta parece que está sem sentido? Sinal de que você anda precisando de uma terapia fetichista.
Que me perdoem os estudiosos da mente humana, mas já vi muito carro pegar no tranco quando tudo indicava uma revisão. Porque trocando em miúdos; uma fantasia bem elaborada espanta muitos males. Daí cabe experimentar, colocar a criatividade em primeiro plano de dar uma fugidinha da mesmice que incomoda.
Claro que os valores, nesse caso, são um pouco desconexos. Porque imagine uma mulher em plena crise de nervos dando patada pra todo lado e lá vem você munido de cordas, algemas, velas, e sei lá mais o que, pra propor uma sessãozinha de leve? Com certeza o analista dela vai tratar de sugerir sua internação o mais rápido possível.
Mas os fetichistas são safos e teoricamente todos sabem a melhor forma de apresentar uma proposta desse tipo. Mas não pense que essas crises de estresse são exclusividades das damas, porque cansei de ver marmanjo se apertando e roendo unha com esses sintomas. O que difere é apenas o caráter de expor as emoções. Porque malandro histérico não dá né?
E voltando a terapia fetichista, é legal deixar claro que esse lance nada tem a ver com descontar problemas no lombo alheio, principalmente essa galera que gosta de umas brincadeiras mais radicais nesse sentido. Porque acabar com o estresse metendo o sarrafo sem controle em quem chega pra ter prazer é o fim do mundo, embora eu saiba de casos nem tanto remotos de gente que passou por isso. Nada a ver.
A terapia fetichista a que me refiro tem que chamar pelo prazer esquecido devido a problemas que ao se acumularem causam o estresse. Ainda que a dor seja o prazer para alguns não cabe de forma alguma passar dos limites. E dor não é exclusividade de sessões de sadomasoquismo. Podem ocorrer exageros em coisas mais moderadas em que a dor não tem sintonia. Até num love bondage inocente uma corda muito apertada pode causar danos.
O ideal numa terapia fetichista é inflar o ego de quem está em baixa.
Faça prevalecer à intenção de propor horas felizes e deixe que a pessoa em crise receba a fantasia como uma viagem gostosa que ela está prestes a começar. É tiro e queda e ainda ajuda a quem propõe a terapia a dividir esses momentos da melhor forma possível.
Um amigo chegado costumava dizer que mulheres a beira de um ataque de nervos necessitavam exercer seus dotes sexuais. Isso pra não dizer que a histeria é falta de sexo como se costuma alardear por aí. Mas sexo mal feito só piora a questão.
A idéia é dar uma escapadinha desse mundo e entrar em transe momentâneo pra curtir em alfa determinadas emoções. Entrar em órbita, dar um tempo de tudo e de todos, escolher um final de semana num lugar em que se sinta a vontade e esteja dentro do orçamento pra reciclar. Topar com novidades pra quem está chegando ou fazer uma releitura dos melhores momentos pra quem já anda do lado de cá dos trilhos.
Essa é a dica.
Às vezes o que parece anormal funciona dentro de uma total normalidade que surpreende até quem está acostumado a lidar com o assunto.

Pode ser que depois a vida volte a seguir seu curso e a pessoa não consiga se entender com seus pensamentos, entretanto, basta dar uma respirada profunda e ver que é possível montar uma nova cena e partir para outras tantas onde seja possível arejar o corpo e a mente.
E nesse vai e vem quem sabe não estará surgindo um novo fetichista na praça?
Tudo é possível, e se a dependência for sadia, não há problema nenhum em admitir que a fantasia que você usou pra espantar todos os 

males passará a fazer parte de seus planos futuros. E desde então, sua conta na farmácia vai ficar bem mais em conta.

Um bom final de semana a todos e em especial a todas as mamães, fetichistas ou simpatizantes!

6 comentários:

  1. Corpo e alma pedem emoções...
    Corpo e alma precisam de adrenalina...
    Corpo e alma pedem um VIVER com intensidade...
    Corpo e alma exigem cumplicidade...
    A vida precisa ter significado...
    Viver NÃO é simplesmente VIVER...
    Viver é VIVER além do que se pode ver...
    Viver é o que se sente e não se explica...

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  2. Oi Querido!!!

    Puxa, adorei a idéia! E é como você disse, sem "descer o sarrafo" em ninguém, apenas pra relaxar rsrs. Mas é verdade, no meu caso, não tem stress que não cure com uma boa sessão, e pode ser até bem light como você sugeriu, apenas o fato de dar asas as fantasias já vale a pena :D

    Obrigada pelas felicitações de Dia das Mães e um excelente fds pra você!

    Miaubeijos com muito carinho =^.^=

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  3. Terapia Fetichista.....
    Os tarjas pretas antidrepressivos estão com os preços pela hora da morte, e se acompanhados com o semanal encontro com Sr Freud, aí sim, orçamento quebrado.
    A unica tarja preta que deve-se usar..é uma linda mordaça preta ou uma venda preta igualmente linda...capazes de efeitos desestressantes imediatos e de efeito prolongados.
    LOVE BONDAGE...NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS, PROCURE UM FETICHISTA MAIS COMPETENTE.rsrs

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  4. Cléo, linda mensagem.
    Tudo a ver

    Beijos

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  5. princesa kitty

    A fantasia é o que menos importa, e no caso, vale a intenção...

    Beijos meus pra você!

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  6. A competencia do fetichista está diretamente ligada a participação alheia...rs

    Beijos Chris

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