segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sonho Impossível


Vamos combinar uma coisa: o sonho do sujeito parecia impossível.
Afinal, imaginar duas mulheres que estivessem dispostas a seqüestrá-lo sem prévio aviso e realizar com ele todas as suas fantasias e mais as dele, é algo que não está no almanaque. De repente, até eu ou você leitor, também gostaria de passar algumas horas em poder de duas damas tentadoras.
E em se tratando de sonho tudo é válido, até mesmo escolher dentre tantas de sua relação à dupla perfeita.
Nesse caso, o fetiche funciona de forma diferente. Porque independente da questão de posicionamento do fetichista a razão sexual tem influência direta, pelo menos para uma maioria. Quem em sã consciência não imaginou fazer parte de uma orgia permitida? Se não pensou atire a primeira pedra porque a vidraça aqui é grande.
Vale ressaltar que o assunto aqui é sexo. Nada a ver com torturas, tapas, chibatadas e outros bichos. O cara sonha com um seqüestro lúdico voltado única e exclusivamente para as práticas sexuais e também fetichistas que possui como podolatria, por exemplo. Então, o resultado da equação que ele tem em mente não alcança submissão ou masoquismo.
Sim, porque as pessoas têm por bem preservar os rótulos ainda que eles sobreponham os desejos. O cidadão se considera um dominador nato e não admite viver tal tipo de relação porque estaria assumindo um papel de SW, e, portanto, violentando suas virtudes.
Às vezes, certas histórias que chegam por email funcionam como um embrião para iniciar um papo que pode resultar num conflito de opiniões. Mas este é um dos objetivos da existência deste blog, além de comentar, divulgar e debater sobre as experiências fetichistas que se tem notícia. E esta mensagem alimenta o debate.
A divergência é livre porque trata-se de um assunto que altera os limites das fantasias das pessoas. Ora, se o sujeito tem por bem sonhar em dominar as moças com quem se relaciona ou as que têm em mente relacionar, não ficaria nem um pouco satisfeito em viver uma fantasia que sequer imaginou pra si mesmo. No que concordo, em gênero, numero e grau.
Entretanto, existem fetichistas que apostam em viver diversos tipos de experiência para através disto buscar a evolução. A fronteira que delimita o possível e o impossível fica bem clara no momento de aceitar ou não tal fantasia.
Até porque ela pode não vir de um email relatando um sonho de um fetichista. Ela pode aparecer através de uma proposta ou numa noite de sexo onde cada um tem direito a um delírio. A conta é bem simples: quem faz uma proposta pode receber uma contraproposta, e assim por diante.
Outra linha de limite do sonho de nosso amigo dá conta da forma como ele imagina viver sua aventura. Não é fácil encontrar parceiras que queiram tomar tal iniciativa. Pra coisa fluir de forma direta e sem prévio aviso haveria de existir todo um desejo escondido ou uma conversa de final de madrugada onde só restassem os três e ninguém mais.
Ainda que a perseverança acabe com a impossibilidade perseguir um sonho deste tipo não é sadio. As melhores fantasias que criamos são aquelas passíveis de se tornarem reais, aquelas que mesmo sendo difíceis possamos um dia viver em toda a sua essência, e apostar num sonho de uma noite de verão beirando o improvável nem sempre vale à pena.

Como um amigo que de tanto torrar a paciência da namorada para ter uma experiência entre eles e outra mulher, recebeu como resposta uma pergunta que não esperava a respeito de ter outro homem na fantasia. Para que o sonho do nosso amigo tivesse ligação com o mundo real à realização do desejo deveria começar pela participação ativa de pelo menos uma mulher. Em sendo viável, ficaria mais fácil conseguir unir as pontas e arranjar a entrada de uma terceira pessoa. Normalmente essas aventuras começam e terminam assim. Caso contrário serão apenas sonhos e nada mais.

E se é uma fantasia, basta imaginar que naquele momento tudo é real que o resultado será praticamente o mesmo, dependendo das parceiras que queiram comprar o barulho.

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