segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sonho Azul


Chega à noite de sexta-feira e, com ela, baladas, namoro e... Viagra.
A popularização e o fácil acesso da pílula azul, que já é o medicamento mais vendido no Brasil, fizeram com que algumas pessoas perdessem a real idéia do que os remédios para impotência significam.
Já existem os "viciados" em remédios para impotência, não apenas o Viagra, que não saem de casa sem um comprimido no bolso. São pessoas que, na maioria das vezes, não têm problemas de impotência, mas que aderem a medicamentos para dar uma "carregada" na performance.
Nesses casos, o principal problema não é de ordem fisiológica, mas sim psicológica.
As pessoas que tomam remédios para impotência sem orientação médica correm sérios riscos de começar a depositar no medicamento uma energia que não existe. A pessoa fica acreditando que só vai conseguir ter boas relações sexuais se tomar Viagra ou outro tipo de remédio. Tomar só para turbinar o sexo pode não ser legal porque você pode criar uma dependência do medicamento e até desenvolver uma dificuldade em ter ereção sem o medicamento.
As pessoas precisam entender que transar não é uma coisa para toda hora.
Quem toma Viagra numa balada, quase sempre não está em condições ideais para uma transa: bebeu demais ou está cansado, por exemplo. Por isso precisam do remédio para conseguir ter ereção.
O uso dos remédios para impotência sem recomendação médica (com exceção dos pacientes que usam medicamentos com nitrato) não acarreta riscos orgânicos, mas as pessoas têm de voltar a sentir emoções antes de fazer sexo. É uma coisa mais completa que uma simples penetração. Exige envolvimento emocional. Muitas das pessoas que usam remédio para impotência em baladas, se estivessem numa relação sexual completa talvez não precisassem dele.
Em pensar que uma boa dose de fetiche resolveria o problema daqueles que precisam de um “empurrãozinho” pra começar os trabalhos, uma vez que não existe contra-indicação a respeito da utilização de práticas fetichistas em doses abundantes.
Claro que tudo que se transforma num vício não é legal. Tanto o uso indiscriminado de estimulantes sexuais químicos, no caso do Viagra e outros mais, como na obsessão por práticas sexuais fetichistas. O melhor é que haja um controle no meio de tudo isso.
Caso contrário a pessoa se anula e vive as experiências sexuais totalmente dependentes de um coadjuvante.
Parece fácil falar sobre isso quando o fetiche empolga, acelera e até habilita.
Como dizer a um fetichista que suas práticas condizem com exageros? Entretanto, as comparações são inevitáveis.
Ora, se o uso desses remédios sem necessidade causam um dano que é criar um atalho não ideal nas relações sexuais, por outro lado a idéia de associar o sexo apenas as práticas fetichistas é um risco de dependência também.

Com o impulso sexual em mente causado pelo apreço ao fetiche dificilmente a condição de ereção masculina dependerá de uma medicação deste tipo. Porém, os que fazem uso juntando as duas partes devem ficar atentos.
Em suma, o que deve ser ressaltado em se tratando do uso "recreativo" dos remédios para impotência é o risco da dependência. Para quem não sofre de impotência, cerca de 90% da população masculina o ideal é transar naturalmente, sem o uso de medicamentos, participando de todas as etapas de uma relação sexual.

E para os que introduzem as práticas fetichistas em suas relações devem entender que nem sempre o vento sopra a favor, e haverá vezes em que será apenas sexo e nada mais, sem o fetiche ao lado.

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