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quinta-feira, 5 de maio de 2011
O Melhor dos Privilégios
Ok, você venceu!
Fica guardado, em segredo de Estado, mas falar da minha relação com o fetiche que me norteia seria o melhor de todos os privilégios. Porque ser fetichista já é um privilégio do qual nunca abri mão. E não existe uma data pra simplificar como isso tudo teve início. Foi numa época, num dia qualquer do calendário.
Dizem que a arte de fazer belos nós credencia quem pratica a ser um mestre. Mas se consegui chegar até esse ponto da escala muita água rolou debaixo da ponte. Da mesma forma que apesar de concordar com os diversos conceitos fetichistas que abraçam o fetiche de bondage, é imprescindível deixar claro que um mestre de cordas tem o traço dominante na essência. O ato de imobilizar em si só já o gabarita para tanto.
E foi dando nós por aí que construí a minha escada fetichista.
Entre a primeira e a última prática mudou somente a técnica, mas a virtude é a mesma e permanecerá intacta enquanto houver emoção e prazer ao realizá-las. Isso nada tem a ver com o aspecto profissional, ou seja, o que se faz por pura e simples exibição e entretenimento. Se um bondagista imobiliza sua parceira ele automaticamente a tem sob controle, dominada, exposta, entregue.
Não chega a ser um ato de violência explícita, mas apesar de consentido o fato de manietar alguém para privar-lhe os sentidos é uma imposição. Gostosa, saborosa, eficaz quando causa as sensações e os efeitos desejados, estimulando através da impossibilidade de participação de quem está imobilizada. Reparem que aqui eu uso o termo no feminino, claro.
Porque esses fatos me remetem a tempos de certeza absoluta quanto a minha própria escolha, e ao mesmo tempo, de incertezas quanto às práticas. Nunca é demais lembrar que um fetichista caminha em direção ao abrigo e nem sempre existe um teto logo ali, disposto a te acolher.
E como fantasia o fetiche de bondage é totalmente bilateral.
Inventa-se uma história, transforma-se um cenário. Os praticantes dão vida aos personagens que escolhem representar e deles retiram o melhor. O olhar amedrontado de quem está sob domínio contrasta com o brilho dos olhos de quem se passa por algoz.
É preciso colocar em prática uma proposta convincente que faça a parceira se entregar. A mão firme que ordena, que seduz e que realiza uma condução eficaz de quem quer ter os desejos negados e atendidos na mesma proporção, como um poema de rimas fáceis. Ainda que não se intitule uma submissa, ou tenha a chamada alma submissa, a mulher que aceita participar de um jogo erótico de bondage quer se sentir indefesa diante de um ataque consentido por ela, e, talvez, elaborado a quatro mãos e duas mentes.
Ela anseia que o bondagista faça. E ele, o autor intelectual da captura precisa ser eficiente, sentir o momento e conhecer os sentidos da parceira mesmo que seja apenas a primeira vez que se toquem. Os nós não precisam ser belos, basta que sejam corretos. O que se espera é as cordas prendam e tirem da parceira toda a capacidade de decisão nos momentos que está literalmente subjugada.
As minhas melhores cenas de bondage jamais foram encenadas na tela. Delas sequer tenho fotografias, quiçá um vídeo que as delate. O importante é que permanecem vivas dentro de mim e me fazem sempre buscar o melhor que possa oferecer a quem comigo divide o cenário. Um ensaio particular ainda é a grande sacada.
Nada representa tão bem uma cena de bondage quanto se embriagar com os desenhos que as cordas deixam numa pele marcada.
É a chamada prova de fazer bem feito.
O passado e o presente muitas vezes me visitam nos sonhos. Às vezes relato algumas dessas histórias aqui. Das que vivi guardo as melhores lembranças e das que ainda virão procuro colher ensinamentos do passado para chegar a desejada plenitude no presente e no futuro.
A conclusão é simples: o fetiche de bondage é uma delícia! O resto à gente inventa...
Me ajudaram a construir esse artigo: Luana Fuster e Dani. Belas imagens do Bound Brazil.
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4 comentários:
Olá meu querido ídolo e escriba tentador,
Nossa que sdd desses seus textos que me levam a um prazeroso bate papo, que me fazem viajar na maionese de meus delirantes desejos. Olha desta vez vou precisar de muita força de vontade para me controlar...*pisc
Sim acho que o Sr de uma maneira plena, sintetizou a coisa toda, pois seria incabível deixar prazer e emoção de lado quando se fala, pensa e vivencia um fetiche.
Falando de um prisma totalmente entregue da situação, costumo dizer que estar ali sob o jugo das cordas, eita ternureka endoidou, não seria o jugo de um Dominador, endoidei não, pois a partir do momento que estou numa relação SM, já sei meu papel e com certeza minha atuação é sob o mando de meu Dono, então na hora h, na realização das minhas adoradas e excitantes práticas, se eu não estiver amarradinha não vai, não rola, apertando tecla sap, simplesmente não me excito a contento. É assim para o spanking, com as velas, com os prendedores, na hora de uma boa e gostosa chupada, etc...*pisc.
Co co como assim violência, amarrar alguém!?!??!...tá vendo o Sr pediu uma explicação, deixa eu chamar seus fãs para uma pequena viagem...pessoas lindas que acompanham o blog de nosso Mestre Bondagista, venham comigo pra cena do “crime”, capturada á força ou nem tanto, colocada na cama deitada de barriga pra cima nua, humm aquele olharzinho apavorante, porém entre as pernas escorrendo que é uma beleza, vendada e amordaçada, o Mestre começa sua obra, primeiro me abre inteira deixando-me completamente vulnerável, com braços e pernas esticados para fora, expondo a maioria do corpo, com as pernas levantadas um pulso em cada tornozelo libidinosamente amarradinha, completamente acessível e vulnerável para uma série de brincadeiras sexuais, como a estimulação dos mamilos, uma massagem com a língua bem erótica, algumas gotas ou um jorro delicioso de cera quentinha....hummm ou apenas para um gostoso orgasmo forçado, viram bem né, de forçado só o estimulante nome e outra onde que tá a violência, ahhhh sim em quem deixou de vivenciar essa maravilha..uia me empolguei...rss...*pisc
Ahhhhhhhh isso tudo nos leva diretamente para um ponto importante levantado por ti, o brilho nos olhos do Dominante que por sinal é uma das minhas paixões, nossaaaa olha eu aqui, mais uma vez deixando meu lado emocional gritar aos quatro cantos do mundo, não existe prazer maior..eita hoje essa menina em forma de submissa vai viajar loucamente no seu texto,..rss..vou mesmo...ahhhhh por favor, poxa o Sr expõe os elementos mais lascivos, cordas e prazer do Dono...afffffffff...ai meus sais....um delírio orgástico!!!!
Diante disso, fiquei aqui a delirar sabendo de sua afirmação “deixar claro que um mestre de cordas (seu caso específico*) tem o traço dominante na essência. O ato de imobilizar em si só já o gabarita para tanto”.
Nossaaa acho que exagerei, o controle desapareceu no primeiro parágrafo...rss...mas eu gosto.......afffffffffffffffffff
bjs delirantes
•Nota da pitacante
Ternurinha, assim é mais fácil publicar esse comentário como um texto...rs
Que bom que a flecha atingiu o alvo, deveria ser sempre assim, um pólo atraindo o outro.
Vou ser sucinto, por isso, somente uma explicação sobre tantas parlavras emocionantes e coerentes que escreveu: a questão da violência do ato refere-se apenas ao fato de alguns bondagistas, ou melhor, praticantes de bondage, emitirem conceitos sobre as cenas serem lights ou não. Justifica-se então a frase sobre esse tema na matéria, porque embora alguns com racionalidade chamem inocentes brincadeiras de amarrar de light, a imobilização e a consequente privação de sentidos pode sim ser encarada como um ato violento.
Pessoas de fora do universo fetichista costumam ter conceitos diferente dos nossos, portanto, não é impossível que alguém leia em algun lado uma opinião com esse argumento.
O resto que escreveu é uma síntese de sentimentos oriundos de uma verdadeira e delirante sessão de bondage!
Intocável...
Beijos Bondagistas
ACM :)
Mestre ACM
Entre aspas: "Entre a primeira e a última prática mudou somente a técnica, mas a virtude é a mesma e permanecerá intacta enquanto houver emoção e prazer ao realizá-las..."
Acho que não é necessário dizer outra coisa após ler estas linhas perfeitas. Pasma, agradeço por saber como enxerga o fetiche, que tal como disse, É UMA DELÍCIA...
Um dia ainda peço do Mestre uma aula prática. Cansei das teorias (rs)
Beijos da Aninha
Aninha, sabe que quando escrevi esse texto não tive idéia que fosse agradar tanto...
A frase entre aspas é simples, porém sincera!
Olha, pelas vezes que já tentei te trazer pra cena acho que agora estou começando a acreditar na praticidade da coisa!
Beijos Cariocas
ACM :)
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