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segunda-feira, 18 de abril de 2011
Tardes de Outono
Fazia tempo que não aconteciam produções seguidas do site.
Já dava pra sentir falta das manhãs e tardes de Sábado de Bondage. Algumas vezes escrevi aqui sobre esses dias de fetiche. Dá pra cansar o corpo, não a mente. Dói o pulso, dá calo nos dedos, mas no final o resultado do trabalho resolve esses problemas.
O fetiche prá mim é via de duas mãos. Ou entra nas minhas aventuras e torna-se parte de um desejo ou fica registrado em fotos ou vídeos numa galeria, e embora divididos com centenas de pessoas pelo mundo, sempre que posso realizo uma espécie de “mea culpa” sadia.
Ultimamente andei atendendo a pedidos de assinantes em excesso, produzindo o que a galera queria assistir. Cheguei a escrever aqui no blog sobre a necessidade de um tempo que me possibilitasse uma retomada sincera do meu próprio trabalho. Às vezes é preciso olhar pra dentro de nós mesmos e decifrar alguns enigmas. No universo fetichista algumas coisas se processam assim.
A chamada “clínica de bondage” deu resultado e num Sábado belíssimo de Outono senti que depois de três anos produzindo cenas a energia pulsa com a mesma intensidade.
A química para que uma cena de bondage tenha o esperado efeito não é tão complicada assim. Noves fora alguns aspectos de cunho pessoal, se enche meus olhos preencherá a cadeia dos desejos de outros tantos. A receita é simples: mulher bonita identificada com a cena e uma seqüência de nós corretos que impossibilite o escape e mostre beleza e simetria.
O “algo mais” está no roteiro, na câmera captando um hogtie forçado, numa mordaça que silencie gritos pelo auxílio inesperado ou produza gemidos tentadores, e na interpretação da modelo vivendo o perigo. Não há como negar que neste caso a menina e o bondagista precisam estar em total sintonia.
A razão do sucesso de determinadas cenas comprova essa tese. Dificilmente erro quanto a essa constatação. Ao observar o material produzido a experiência me diz com clareza até onde a ousadia vai alcançar o objetivo. É tiro e queda.
O resultado que transforma uma vendedora de um Shopping Center em Musa Bondagista está diretamente ligado à forma como ela se comporta diante do que é ensinado. O site não produz imagens de bonecas de cera e a participação de quem está em apuros é fundamental.
Então, de repente o que era apenas curiosidade passa a ser importante. Explico.
Normalmente por chegarem através de indicação de amigas que já realizaram trabalhos para o site, as meninas novatas já sabem do que se trata, ou melhor, têm uma idéia. Só que na prática é preciso bem mais. Quando a luz da câmera acende, ela sabe que está sendo observada por mim naquele instante e, ao mesmo tempo, estará na berlinda para centenas de consumidores atentos a todos os seus movimentos.
Houve um tempo em que era bastante complicado conseguir modelos, hoje, porém, essa busca se inverte e o número de candidatas é bem maior. O que era apenas uma brincadeira numa tarde de Sábado passou a ser um bom “bico”, parte do orçamento, e realizar o trabalho com competência é a garantia de continuidade. Fora a possibilidade de participação em outros projetos, como o longa metragem, onde os ganhos são maiores e a visibilidade aumenta.
Isso acentua a responsabilidade entre produtor e modelo desde o embrião das cenas.
Quer saber como termina tudo isso?
Em lindas e largas marcas que as cordas tatuam em seus braços e pernas. Mas elas não estão nem um pouco preocupadas com isso. Preferem pedir um espelho para ver os desenhos das cordas, acham muito bonito, e chegam a comparar afirmando que a da colega ficou melhor do que a dela e assim por diante.
Não há segredos a desvendar quando se apresenta um trabalho de bondage. O que fica registrado é apenas o feeling de quem realiza a imobilização e a interpretação da fantasia por quem aparece em cena.
O resumo fica por conta de quem olha as imagens.
Aqui Kaline e Vaní. Duas estréias e duas Musas em potencial.
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4 comentários:
Sr. ACM qual seria a sua reação se ficasse amarrado na mesma posição da moça?
Desculpe, mas é simples curiosidade feminina.
Amiga anônima,
Infelizmente não posso falar sobre o sabor de uma bebida sem antes prová-la.
Quem sabe um dia eu mato a sua curiosidade?
Obrigado por seu comentário
ACM
nobre Bondagista e escritor inspirador,
ahh nem me lembre sobre aquele seu post dizendo que precisava tirar uns dias pra reflexão, eu essa anta em forma, jeitos e trejeitos submissos, entendeu erroneamente que iria se afastar daqui, ainda bem que momentâneamente, pois logo em seus repitacos para os seguidores eu percebi que era apenas uma viagem necessária pra dentro de si.
E hj com essa super postagem-relato, eu precebo o quanto foii útil e te fez bem tal viagem.
Já pitaquei tbm a respeito do frenesi que sentimos na vivência de nossas fantasias, nossaaa é tamanho que até assuta??!?! bom momento confissão...rss.....affffff....a mim não assusta nem um cadinho, pq ali exatamente no momento da realização eu sinto toda a gama de emoções inerentes em mim, tomar forma e me deixo extasiar deliciosamente....
sim entendo perfeitamente o seu cansaço corporal, pq a mente...ahhhhh a mente deveria estar num delírio só ...*pisc
bjs delirantes
ternura_ACM
ternurinha querida
É aquela velha teoria de que nada como dia após o outro e blá blá...
Reciclar é preciso. Se achar no meio da bagunça é extremamente necessário por conta do tempo. Naquela época eu precisava mesmo refletir e experimentar soluções.
A reflexão valeu, e embora algumas soluções dessem errado acho que algo positivo ficou.
A mente está tinindo madame e pronta pra realizar as fantasias mais astronômicas possíveis!
Beijos Intensos
ACM :)
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