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quinta-feira, 14 de abril de 2011
Agonias
Hello crazy people!
Alguém já viu um fetichista agoniado? Tipo prestes a explodir, remexendo os olhos, esfregando aos mãos, doido pra por em prática seus estranhos desejos diante de um fato?
Pra quem já viu vale o replay e quem nunca teve acesso a uma cena desse tipo não custa ficar antenado. Essa vem das alterosas, da doce BH.
O Mauro é um parceiro virtual. Podólatra de fato, de direito e com carteirinha no bolso.
Pouca gente sabe desse seu lado – digamos – exótico, e, por isso, me mandou essa mensagem que sem sombra de dúvida tinha que ser dividida com todos.
Quis o destino (e, neste caso, foi mesmo o destino) que o nosso amigo Mauro ao buscar uma grana extra no final do ano passado, fosse parar dentro de uma sapataria de um Shopping Center. Triste sina ou seria somente comparável a incrível fábula da Raposa tomando conta do galinheiro? Segundo conta, um amigo indicou uma loja que já havia fechado a cota e dali foi parar num lugar onde seus sonhos encontraram abrigo.
Em meio a histórias de risco e a realização do fetiche através de lascas inocentes aos olhos alheios, Mauro ficou até Fevereiro (eram três meses de contrato) e de lá trouxe casos incríveis.
Vou tentar resumir alguns.
Era instrução da gerencia a colaboração de todos visando o aumento das vendas e, por isso, os vendedores deveriam insistir junto às clientes mostrando as novidades e ofertas. Mauro não fugiu às regras e a cada pedido que recebia sobre determinado calçado, trazia pelo menos mais três ou quatro a reboque. “Era um tal de experimenta pra cá e pra lá que algumas vezes esquecia até onde estava” – Afirma.
Numa noite de correria uma mulher alta e magra chegou acompanhada do namorado (seria marido?). Mauro foi solícito e trouxe alguns pares de calçados para que a moça experimentasse. Ato contínuo agachou diante daquela mulher e ela prontamente esticou o pé em sua direção para que ele realizasse a troca.
“ACM, aquela não deu pra resistir. Ao retirar o sapato que ela usava o chulé alcançou as minhas narinas em questão de segundos. Os pés eram longos e os dedos compridos, na minha medida. Nem liguei para o cara que estava com ela. Ao retirar seu sapato usado alisei delicadamente à sola de seu pé, toquei sua pele suada o que me remeteu a uma imediata ereção.”
Imaginem os percalços de um fetichista em agonia...
Em meio a uma crise aguda de paudurescência, agachado diante da razão de seus desejos e encantado pelo aroma que lhe impedia de resistir. Um verdadeiro suplício de Tântalo vivido em pleno terceiro milênio numa sapataria dentro de uma metrópole.
Existem outros casos vividos em três meses com doses de humor e um quase desespero.
Da garota que não queria mais o sapato velho e ao pedir que Mauro desse fim ao calçado hoje se tornou um regalo em seu armário, a outra cliente que supostamente identificou seu fetiche e a todo o momento com um sorriso no rosto perguntava se o calçado lhe caía bem.
Mauro conta que durante os mais de noventa dias em que esteve na loja chegou ao cumulo de se masturbar duas vezes ao dia, uma antes de ir pra o trabalho com o claro intuito de acalmar os ânimos e outra em casa ao voltar do batente.
Claro que esse caso do Mauro não serve como exemplo. É apenas uma história comum em que o sujeito consegue um trabalho num local que lhe desperta outros interesses. Toda a agonia do Mauro por estar diante do objeto de seu fetiche não é diferente de tantos outros fetichistas que se deparam com seu fetiche predileto ao cruzar uma esquina.
Ceder ao tesão é humano, por isso existem casos em que é possível tirar proveito de determinadas situações, embora a maneira correta de lidar com o fetiche é trazer pra nossas vidas aquilo que nos dá prazer.
Não vale como critica ao Mauro, meu parceiro aqui do blog, mas somente a constatação de que o que é bom quando não fundamentado dura muito pouco.
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Podolatria
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6 comentários:
Olá!
Seu blog tem textos interessantes e uma excelente linha de expressão.
Me desculpe a pergunta um tanto direta: você não acha um exagero uma pessoa trabalhar numa sapataria e tirar proveito do local para satisfazer suas taras?
Acho que esse conceito deveria estar em seu texto.
Afinal de contas os consumidores desavisados são "vitimas" da doença desse rapaz.
Grata
Angela
Prezada Angela
Agradeço sua presença neste espaço e seu comentário.
Perdão, mas o texto é claro quanto a este aspecto. A pessoa citada, no caso, não conseguiu o trabalho para deliberadamente obter vantagem para suas fantasias. A oportunidade juntou os dois fatos.
No caso específico do texto de hoje apenas criei um artigo baseado num email que recebi da pessoa em questão. Portanto, não costumo censurar o que os fetichistas fazem ou deixam de fazer, embora tenha a minha opinião a respeito, a qual deixei clara nas últimas linhas.
Como também não considero como vítimas os consumidores da loja.
Trata-se de uma fantasia totalmente inocente que em nenhum momento denigre a imagem alheia ou expõe a pessoa a qualquer situação vexatória.
Uma vez mais, gostaria de agradecer pelo tempo dispensado em escrever a sua opinião quanto ao assunto.
Sds
ACM :)
legal a historinha do conterraneo.
petbeijos...
Meu grande amigo ACM
De longa data.
Peço licença ao amigo para responder um comentario sobre mim e meu fetiche.
Prezada Angela
Sinceramente não creio que volte aqui para ler o que alguem pode ter achado sobre o que escreveu a meu respeito e ao meu fetiche.
Mas esclareço a todos que sou leitor deste blog há muito tempo utlizando do nome de Amo Pés {BH}.
Sou um podolatra Angela, uma pessoa normal como outra qualquer e a unica diferença fica no meu desejo por pés femininos.
Gosto da beleza, do gosto e do cheiro e meu nome real é Mauro.
Pedi ao ACM o dono do blog que se fosse para contar a minha historia que usasse meu verdadeiro nome porque se trata de uma coisa real.
Não como voce disse Angela que arranjei o emprego temporario de final de ano para estar proximo da minha doença, fique sabendo que nõa foi bem assim.
Sou um podolatra mas não sou doente.
Respeito as pessoas e a sociedade em que vivo, portanto não ha doença em quem preza por estas atitudes.
O emprego caiu do ceú sim e me foi conseguido por um amigo. Fiquei por tres meses e tive ate convite para seguir por conta da minha dedicação no trabalho e só não aceitei devido aos meus planos e a distancia do lugar em que vivo.
Se eu fosse um doente não sairia de lá com tanta tristeza pela minha saida.
Nenhuma cliente da loja foi induzida por mim a atos libidinosos e apesar de ser um podolatra sempre procuro realizar meus desejos dentro do maximo respeito.
Obrigado ACM pela publicação da minha historia real e por me deixar responder.
Um abraço
Mauro Ramos
dogpet
É, da sua terra só vem coisa boa!
Beijos
ACM :)
Mauro
E segue o jogo!
O espaço é nosso.
Abraço
ACM
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