sexta-feira, 18 de março de 2011

O Mundo de Zé do Caixão


Não há neste país quem não conheça o Zé do Caixão.
José Mojica Marins nasceu em São Paulo, em 13 de março de 1936. Ainda muito jovem Mojica desenvolveu apreço pelo cinema, sendo que aos 12 anos de idade ganhou sua primeira câmera. Desde então não parou de capturar suas idéias e transformá-las em filmes.
O personagem Zé do Caixão nasceu de um pesadelo de Mojica. Através de trajes que misturavam Entidades de religiões Afro-Brasileiras e uma cartola que foi símbolo de uma marca de cigarros, criou a fantasia de um agente funerário para dar o ar funesto que a imagem merecia. Isso sem contar as unhas cultivadas que causavam espanto na época.
Zé do Caixão é um gênio. Seu trabalho solitário atraiu cinéfilos viciados em filmes de terror. Sua obra é abrangente e extensa, onde vários clássicos são considerados obras primas, aqui e lá fora.
Mojica criou mais que um tema ou um cenário. Criou um mundo. Na minha adolescência assistir um filme de Zé do Caixão era a garantia de ter cenas pra serem reverenciadas de forma intelectual e física. Zé mostrava as primeiras donzelas em perigo real. Em longos vestidos brancos, amarradas e atormentadas por aranhas venenosas, me levavam a ter implacáveis crises intensas de paudurescência toda vez que podia entrar num cinema que não cobrava documento comprovativo de maioridade. Era a punheta garantida!
Convenhamos que era difícil para uma pessoa imatura numa época de intenso patrulhamento a favor de conceitos moralistas enxergar que tinha gostos diferentes daqueles que o cercavam. Só restava, então, admitir ser um amante de filmes de terror extremo, no que ninguém sentava o sarrafo. Vem daí então a minha adesão ao mundo do Zé do Caixão e suas belas mulheres torturadas por aracnídeos e presas em calabouços.

Assisti a seu primeiro filme onze anos depois do lançamento: À Meia Noite Levarei Sua Alma. Interpretado pelo próprio Mojica, criação e criador passaram a se confundir e compartilhar da mesma identidade. O filme se tornou um grande sucesso comercial projetando a carreira de Mojica e por conseqüência também a carreira do personagem Zé do Caixão.
Apesar do sucesso comercial de seus primeiros filmes, infelizmente o personagem nunca teve o reconhecimento devido no nosso país.

Embora a figura Zé do Caixão seja muito conhecida, poucos assistiram alguns de seus filmes, sendo que a grande maioria tem a imagem do Zé do Caixão como um personagem cômico, graças a sua participação como apresentador nos programas de filmes de terror do canal Bandeirantes onde rogava pragas aos telespectadores.
Curiosamente no exterior Zé do Caixão (onde é conhecido como Coffin Joe) ganhou o status de cult, sendo ovacionado por um público bem maior que em seu país de origem.
Diversos produtores norte-americanos de sites fetichistas comerciais que conheço se rendem ao trabalho de Mojica e lotam os lugares onde vez por outra ele é convidado para participar de eventos.
Listar as principais produções do Zé do Caixão e falar em demasia de seu trabalho é redundância. Qualquer um pode acessar o site oficial ou as milhares de resenhas espalhadas pela Internet para saber detalhes desse cara ousado, intrépido e genial.
Rever “Encarnação do Demônio” é como voltar ao passado e encontrar em cada cena um pouco do muito que naquele tempo me levou a entender a mim mesmo e pesquisar a manifestação fetichista em toda a sua extensão.

Hotfoot Fetish

Para os fetichistas viciados em Hotfoot (aquele joguinho interessante no qual a menina em perigo tem os pés torturados por fósforos acesos) as cordas são detalhes.
Mas se a idéia é apresentar este tipo de fantasia num site específico de bondage, as cordas têm por obrigação e lógica lugar de destaque.
Existe muita gente pelo mundo interessada em


hotfoot. Não são podólatras comuns, pois anseiam pela tortura dos pés através de fósforos que queimam até o limite extremo.
Pensando nisso, produzi para o Bound Brazil o segundo vídeo curta nessa linha. O site hoje exibe aos seus assinantes Hotfoot Fetish com Jamylle Ferrão e Cinthia enfrentando todos os perigos do hotfoot devidamente amarradas e amordaçadas.
Um photoset com os detalhes dessa pequena trama também estará na tela.

Um bom final de semana a todos!

6 comentários:

  1. Interessante a história desta figura!!

    Bom fds SR ACM.

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  2. Pois é Lua, e em algum tempo minha história cruzou muito com a dele...

    Bom FDS pra você também

    Beijos

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  3. bem lembrado Zé do caixão, mas que gostei mesmo foi da foto com os fosforos....uiiiii!
    tenha um super fds

    beijos doces

    sub_ísis

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  4. Olá Isis, bem vinda sempre ao recanto dos seus, os bondagistas...

    O Hotfoot é diferente e tem muitos seguidores, mas quando combinado com bondage é de doer...(sem trocadilhos! rs)

    Um beijo
    ACM :)

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  5. Seria um prazer que aceita-se o selo comemorativo do meu blog.

    Desejo-lhe a continuação de um excelente fim de semana.

    Cumprimentos,

    {umbra}_MD

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  6. {umbra}_MD

    Será um grande prazer.

    Um Beijão
    ACM -:)

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