
Como em qualquer lugar no mundo produzimos aqui, de tempos em tempos, as nossas musas perfeitas. Mulheres que da noite para o dia se transformam em símbolos sexuais, capazes de revolucionar cabeças adolescentes estampadas nuas na capa de revistas masculinas.
Estas divas pré-fabricadas sobrevivem por alguns anos até se tornarem juradas de algum programa de auditório ou aparecem diante das câmeras com uma bíblia na mão, disparando repúdio a qualquer tipo de manifestação as quais, via-de-regra, estiveram ligadas.
Assim, as Tiazinhas dos anos Noventa são hoje respeitáveis senhoras que em nome dos bons costumes ou convivência social ignoram seu próprio passado, que um dia as fez brilhar no estrelato.
Nada contra essas mulheres e suas escolhas que por conta própria ou guiadas por empresários visionários, conseguiram estar no topo de um segmento, e talvez essa última palavra seja a chave do sucesso: segmento.
Um segmento popular é o caminho mais curto para o sucesso. Dalí tudo pode se espalhar e ocupar um lugar de destaque que ultrapassa esse próprio setor, indo direto para a ponta da cadeia comercial que impulsiona o consumo. A briga é boa, mas compensa.
Não critico o sucesso dirigido. Se possuo um site fetichista na internet com finalidades comerciais, também busco espaço num segmento, e embora não seja pornográfico, apresenta imagens restritas a um publico consumidor. E mais: aqui fabricamos as nossas Feiticeiras e Tiazinhas também.
Se um dia alguma modelo for descoberta por um canal de comunicação que lhe permita vôos mais elevados e oportunidades além das que concedo, ficarei feliz, com o sabor de dever cumprido, mesmo que reste um pouco de dor de cotovelo.
E quando modelos ou atrizes reconhecidas pela mídia invadem as hostes fetichistas?
Neste caso, cria a sensação de que um craque de bola veio atuar no nosso time.
Portanto, daqui pra lá ou de lá pra cá, os sentimentos se confundem ou se condensam. O fetichista delira ao ver musas idolatradas exibindo em público aquilo que ele mais gosta.
Pergunte a um podólatra qual modelo ou atriz de sucesso ele gostaria de ver calçando uma sandália num comercial ou exibindo seus pés na revista Playboy?
A lista seria imensa, infinita, porque na imaginação de um fetichista existe espaço para qualquer delírio e tudo é encarado por uma ótica sonhadora capaz de virar o mundo de ponta à cabeça.
Pena que os nossos produtores não explorem mais esse segmento.
Em meio a tantas bundas bonitas poderiam aparecer mais pés. Em lugar de cangas ou toalhas deslizando pelos corpos dessas sereias poderiam estar cordas, ainda que fossem amarrações pouco fidedignas, mas que levassem com elas o nosso desejo de ver essas princesas mostrando o melhor do nosso pequeno universo.
Minha esperança reside no cansaço. Sim, porque não há imagem repetitiva que não canse os olhos, e nessa onda, novas idéias podem provocar um aumento significativo de temas fetichistas ligados ao prazer e ao sucesso.
Mas não há do que se queixar. Se há alguns anos atrás não tínhamos quase nada, hoje temos duas, três ou quatro mulheres famosas mostrando fetiche do jeito que queremos ver.
Porém alguém dirá: “tá reclamando de que ACM? Você tem mais de cento e vinte lindas mulheres amarradas e amordaçadas em seu site, ou não?”.

(Fotos: Guilhermina Guinle e Fani, ex BBB)
2 comentários:
Parabéns pelo blog e pelo texto. Realmente seria muito bom ver em publicações de revistas masculinas, nossas musas famosos em fotografias fetichistas, tipo essa da Fani (Ex-BBB) publicada em seu blog. Afinal isso é arte, é fantasia e beleza.
Nossa, eu também queria pelo menos ter o prazer de fotografá-las...
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