terça-feira, 18 de maio de 2010

Cem Preciosos Segundos (Epílogo)


Os estímulos responsáveis pelo prolongamento das sensações do orgasmo relacionados com visão e olfato inegavelmente estão ligados ao fetiche.
E com o corpo humano se comporta no momento do êxtase?
O envolvimento total do corpo na resposta à excitação sexual é experimentado de forma subjetiva pelas pessoas. Existe grande variedade tanto na intensidade quanto na duração da experiência orgástica. É uma fase de muito menor duração que as anteriores, mas de altíssimo nível de prazer. "As sensações produzidas são de intenso alívio, como libertar-se bruscamente de uma carga de tensão acumulada durante certo tempo. Algo assim como subir lentamente por uma escada a um tobogã muito alto e, depois de se sustentar lá em cima por um tempo, soltar-se numa queda vertiginosa, carregada de tensão, mas alegre, vigorosa, relaxante", define o psicanalista Juan Carlos Kusnetzoff.
Na mulher, os músculos do aparelho genital contraem-se ritmicamente. Os movimentos na entrada da vagina, ânus, uretra e útero podem ser espontâneos e ocorrer ao mesmo tempo. Quando as contrações são muito fortes - podem ocorrer a cada doze segundos ou a cada um ou dois minutos -, o muco aglutinado no fundo da vagina pode se liberar junto com a secreção das glândulas de Skene, localizadas na entrada da uretra e responsáveis pela ejaculação feminina. As contrações podem ser rítmicas, simultâneas e podem ocorrer separadas. Às vezes a mulher pode nem perceber os movimentos ondulatórios do baixo ventre, como pode também contribuir para iniciar voluntariamente as contrações do orgasmo.
O controle dessa musculatura vem diminuindo no decorrer dos tempos. As civilizações mais antigas tinham maior controle sobre esse tipo de musculatura. Mas a sexóloga Marilena Vargas ensina: "Basta, porém, que você contraia o abdômen, o ânus e, em seguida o orifício vaginal, tentando engolir o pênis com a vagina e, em seguida, expulsá-lo. Repita isso várias vezes. Dessa forma, você pode “chamar” o orgasmo e pode aumentá-lo em duração (o orgasmo feminino dura de 90 a 104 segundos). Nessa fase, quanto maior a fricção entre o pênis e a vagina, maior o nível de excitação e mais facilmente você chega ao orgasmo."
No homem, iniciam-se as contrações do pênis e dos órgãos que conduzem o líquido ejaculatório até o bulbo uretral. Num segundo momento, ocorre a expulsão desse líquido devido às contrações dos músculos perineais e bulbocavernosos. Quando o líquido ejaculatório está sendo expulso, a uretra do pênis se contrai, assim como o ânus e os músculos do assoalho pélvico.
Segundo Masters e Johnson, o orgasmo masculino pode durar até vinte segundos, mas existem exercícios musculares para aumentar esse tempo, assim como para possibilitar que o homem tenha orgasmos múltiplos.
Geralmente o orgasmo masculino ocorre simultâneo à ejaculação, embora possa existir independente dele.

O homem e a mulher, a partir do ponto culminante do orgasmo, caminham para a fase de resolução do ciclo sexual. A sensação é de plenitude e bem-estar. A mulher pode entrar nessa fase após um único orgasmo ou após vários consecutivos. E também pode retornar a uma nova experiência orgásmica a qualquer momento, desde que submetida a novos estímulos. No homem, geralmente existe um período refratário que varia de duração. Sua capacidade fisiológica para responder à nova estimulação após a ejaculação é muito mais vagarosa do que a da mulher. A não ser que ele aprenda a ter orgasmo sem ejacular e, assim, consiga vários orgasmos consecutivos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário