terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Leilão


Ela queria uma cena assim:
Acorrentada no pescoço até os punhos com um vestido branco maltratado, cabeça baixa no centro de uma sala decorada com móveis antigos, vários homens ao redor fumando longos charutos que duelariam para tê-la através do lance mais alto.
Despertaria a inveja das mulheres ao redor, sem importar se estavam acompanhando os arrematadores ou faziam parte do leilão. A submissão forçada, comprada para servir, sem direito a nada apenas a entrega plena e absoluta.
Esse conto, sem direito a um herói de última hora, é uma fantasia assim como tantas que temos ao longo da vida. Não importa quantos coadjuvantes sejam necessários para projetar a cena de forma perfeita, porque ela jamais sairá do mundo imaginário.
Por isso é importante aprender a “resumir” nossos sonhos para que exista a possibilidade de tornarem-se realidade. De que adianta ter dez mulheres amarradas na minha cama ao mesmo tempo se não posso dar conta? Haja Viagra...
As correntes, o vestido, até o local dá-se um jeito e os caras com os charutos não é tão complicado de arranjar, e de repente um leilão pode acontecer na prática desde que as condições sejam previamente combinadas entre os participantes.
A fantasia nada tem a ver com leilão de escravos que ocorrem em festas fetichistas. Precisa ser elaborada de tal forma a realizar o desejo de quem é objeto do leilão, assim como em histórias de escravas brancas. O arremate pode ser por um dia, um final de semana, fica a critério.
Mas essa receita tem alguns ingredientes bastante interessantes. Por exemplo, o fato de a submissão ser o centro das atenções, afinal ela é objeto de desejo pronta para ser devorada pelo dominador que der o melhor lance.
Pensando nessa fantasia, aliás, uma dica e tanto. Peguei um enredo bem bolado do Carlos criei o vídeo “White Slavery” e vamos exibir no próximo final de semana no Bound Brazil.
Um misto de historias medievais e atuais onde mulheres são negociadas para países da Europa como mercadoria.
Mas isso fica para a matéria de Sexta.

AS MELHORES DE 2009

Sexo, Bondage e Rock & Roll.
Numa noite de outono a musica trouxe tempos distantes onde pude enxergar o fetiche na juventude em meio a incertezas.

“Me lembro, era primavera de setenta e seis. Meu último ano do antigo clássico hoje segundo grau, inesquecível, mesmo porque no verão seguinte a bosta do vestibular era calça de veludo ou bunda de fora... Nessa época pintou a Kátia, bonita, culta com aquele ar de papo cabeça, cheia de “não me toques”, e como diria Tião Macalé: “ô crioula difícil”... Mas mesmo assim eu queria porque queria, e aquela bela garotinha de cabelos castanhos claro, de sardinhas nos ombros, recém chegada aos dezoito assim como eu, ex-miss piscina de um clube da zona sul era o nirvana. Desistir, nem pensar. Passava noites em claro com o mastro da bandeira (!) envernizado pensando nela e toma Led Zeppelin na orelha para abaixar o facho! Mas a bateria do Bonham aumentava os batimentos cardíacos funcionando como um energético na veia, e eu sonhava com ela e com um novelo de cordas. Nos meus delírios já havia inventado umas trezentas posições de bondage e acho até que foi meu grande aprendizado platônico... Leia mais

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