terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Com o Pé Direito


Essa é pra começar o ano de bom humor.
Segundo um amigo doidão de jogar pedra essa história aconteceu de verdade, mas como prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, em minha opinião esse relato é tão verdadeiro quanto nota de duzentos reais.
Vamos aos fatos.
O cara chegou à praia de Copacabana encharcado de álcool por volta de onze da noite para o Réveillon. Veio de táxi (a lei seca ta pegando!). Havia marcado com um grupo de amigos antes de começar a biritar, mas já não se lembrava do local exato.
Bebado que chega é foda mesmo! O cara sai abraçando todo mundo, deseja feliz ano novo ao primeiro cachorro que encontra pela rua e em poucos minutos está tão intimo que já se sente em família em meio a um grupo de pessoas que acabou de conhecer. Convida a mulher dos outros pra dançar esbanjando alegria e um entusiasmo incomum.
E foi nessa balada totalmente distante dos amigos que já não o esperavam, que conta feliz como sua aventura teve inicio.
Após derramar uma garrafa de champanhe goela abaixo, viu-se entre beijos e abraços com uma mulher morena com quem trocou confraternizações na virada.
Levado a um apartamento na mesma Copacabana as tantas da madrugada, não pestanejou em realizar seu maior sonho de consumo: podolatria.
Pois é, uma prova inconteste de que o furor fetichista nem mesmo um porre é capaz de apagar...
E num quarto iluminado apenas por um abajur em seus últimos suspiros, ele foi tirando cada peça de roupa da nova namorada até se deparar com um par de tênis brancos. Desatou os nós com cuidado e já tendo flashes de sã consciência, avançou sobre as solas sujas dos pés cansados e suados da morena jogada na cama. A pouca luz não lhe dava uma exata noção do tamanho da sujeira concentrada naqueles belos pés, mas o forte odor que parecia oriundo de um saco de biscoitos Fofura, sabor queijo, não lhe deixava nenhuma dúvida: era pegar ou largar. Tal e qual um bravo guerreiro ele não abandonou a luta e caiu dentro mesmo assim, embora seu desejo podólatra nada tenha a ver com chulé.
A mulher não estava dando à mínima e gostava das caricias que ele lhe brindava.
Mas o forte cheiro que o incomodava misturado a toda a quantidade de bebida que seu estomago havia absorvido por horas a fio, fizeram nosso herói ter um enjôo tão devastador que terminou num vomito incontrolável no chão de carpete. Aí o que já era ruim ficou terrível e meu grande amigo viu sua genitália broxar sem piedade.

Aquela morena bem que tentou levá-lo de volta à cena por umas três vezes numa última cartada, porém, tendo conhecimento dos desejos fetichistas do sujeito insistia em esfregar-lhe os pés entre a boca e o nariz. Daí o que vinha era uma golfada após a outra e meu amigo já implorava por um chuveiro e umas boas horas de sono.
Não sei o desfecho dessa história, se ele conseguiu terminar o que começou ou se depois de um merecido descanso e uns três envelopes de sonrisal as coisas se acalmaram. Também duvido que ele se lembre de tantos detalhes devido ao estado etílico, mas ele jura que tudo isso não foi um delírio e promete algo tipo cenas dos próximos capítulos que virão durante o verão.
É esperar pra ver...
Na verdade cada um tem sua visão de como começar o ano novo com o pé direito, e meu grande amigo Marcos como um bom podólatra teve a sua chance. Basta aparar algumas arestas e conseguir uma continuidade de preferência com a cara limpa.
Feliz ano novo pra você brother!

Um comentário:

  1. Claudio Eno ( Pelotas - RS )6 de janeiro de 2010 às 00:50

    Olá!!!!
    Sou leitor assíduo deste site e um podólatra daqueles roxo, essa estória pode até ser verdade, pois aconteceu comigo algo bem parecido, desse dia em diante, nunca mais comi biscoito (rs).
    Feliz 2010 a todos com muitos pés, com ou sem cheiro, da maneira que agradar.
    Ia esquecendo, posso dar uma sugestão? transforme a estória do seu amigo num belo vídeo do site bound brazil, tenho certeza que com a criatividade e bom gosto de vcs, ficará um vídeo imperdível

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