
E esta é a ótica de um amigo médico apaixonado por gesso. Pra ele ser um gessólatra está acima de qualquer coisa, até do bem e do mal.
Ao ler meu artigo de ontem me relatou um fato curioso e interessante.
Há alguns anos atrás, entrou em parafuso em busca de uma parceira que aceitasse a sua escolha fetichista e a conseqüente condição sexual. Como um bom gessólatra a transa perfeita é imobilizar os braços e pernas da companheira com gesso durante o ato sexual.
Parece simples, mas está bem longe disso. Se para um podólatra algumas vezes é complicado explicar a preferência pelos pés, imagine como um cara com essa tara poderia tentar uma aproximação?
Bom, mas ele é médico e sabe o que está fazendo, porém o detalhe carrega toda a angustia e incerteza que complicam a confissão na hora H. Mesmo os fetichistas são reticentes a determinadas práticas, por medo, por achar complicado a troca de prazer através de certas circunstancias. De fora do meio então é como catar agulha num palheiro, estar pronto para possíveis rejeições algumas vezes veementes.
Aí que entra a frase que dá titulo a matéria de hoje, porque o impossível só existe até que alguém desafie a impossibilidade.
Pensando assim, ele foi à luta sem trégua encontrando parceira justamente nos lugares citados ontem por aqui. Com muito jeito convenceu uma garota de programa a aceitar suas condições e viveu dias inesquecíveis.
Mas não pensem que foi fácil e como ele mesmo relata teve mesmo que suar a camisa e arregaçar as mangas para conseguir o objetivo. Disse que se aproximou aos poucos, obteve confiança para através de degrau em degrau alcançar o que desejava.
Com a palavra o doutor:
“Antes de tudo passei a ser - cliente. A conheci numa boate aqui no Rio de Janeiro e apostei minhas fichas pelas nossas conversas preliminares. Trocamos telefone e fiz questão de deixá-la saber da minha capacidade profissional, afinal um médico passaria a confiança necessária para a realização da fantasia, embora reconheça que outra pessoa dotada de habilidade através de cursos de auxiliar de enfermagem também possa fazer sem problemas. Mas mesmo assim não foi fácil e todo esse trabalho de convencimento quase vai por água abaixo, ainda que começasse engessando as mãos e os pés até atingir o que eu queria”.

O “cast fetish” ou o fetiche por gesso assim como toda e qualquer atividade fetichista deve ser exposta com sabedoria para que a apresentação da prática não se transforme em algo inaceitável, fazendo com que exista uma exposição vexatória de seus sentimentos.
Comer pelas beiradas, essa é a tática perfeita, como um grande amigo podólatra faz questão de dizer: “começo por fazer massagens nos pés, daí a beijá-los é um pulo”.
O fetiche só é legal quando vale à pena e quando advém de uma conquista difícil e perseverante aumenta mais ainda a satisfação de realizá-lo.
Um comentário:
Como essa garota de programa foi sortuda, como eu queria ser ela, tudo de bom estar nas mãos de um medico gessólatra.
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