terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Fetiche Particular


Não é raro ler na internet algumas matérias em que pessoas falam de fetiches.
Está na moda, é chique, mas o resultado nem sempre coincide com a realidade.
Sites ou blogs com dicas femininas procuram passar às mulheres sugestões de roupas e calçados para que elas tenham a aparência de “mulher fatal”.
Mas como seria para nós fetichistas a imagem da mulher fatal?
A lista de idéias seria imensa e infinita, desde o conteúdo por baixo da vestimenta paramentada até detalhes muito particulares. A conclusão é bem simples: o fetiche é totalmente particular, cada um tem a sua preferência.
Detalhes que começam nos cabelos. Soltos, presos em forma de coque, rabo de cavalo, passam pela cor de esmaltes das unhas, no formato das mãos, por axilas lisas ou peludas, da região pubiana e dos pés.
A vestimenta também merece um olhar fetichista: couro, vinil, látex, seda. Botas, sapatos fechados com meias de seda, sandálias, maquiagem, enfim, a “femme fatale” fetichista só é possível descrever através do desejo do próprio amante dos fetiches.
Como explicar o fato de um podólatra gostar de colecionar a pele que solta dos pés toda vez que a mulher vai à pedicura?
Pois é, isto não está em nenhum “manual” ou pertence ao mundo dos estilistas.
Mas é fetiche, praticado por muitos.
Resumindo, milhares de pequenas taras e manias compõem o universo fetichista e por mais que pessoas que não pertencem a esse mundo se esforcem, é muito difícil compreender o que se passa dentro desse globo. Se os próprios fetichistas têm dificuldades de entender gostos diferentes daqueles que estão acostumados, imagine o quanto pesa para quem vem de fora e dá de cara com esse novo mundo de um momento para o outro?
Entender um fetichista e suas nuances é uma tarefa árdua, porque além de esconder simples desejos por timidez ou medo, de uma maneira geral ele não aceita qualquer tipo de negociação sobre o que considera seu nirvana. Este tipo de comportamento é responsável muitas vezes pelo isolamento tão comum entre fetichistas.
A manifestação do fetiche é um sentimento inocente que pode se transformar num vicio incontrolável. É preciso saber conviver com esses desejos estranhos por determinadas preferências sexuais ou objetos.

Aceitar, essa é a palavra mágica que todo fetichista deveria manter acesa como um letreiro de néon toda vez que buscar realizar seus desejos.
Aceitar se relacionar com uma pessoa que está descobrindo seus próprios anseios. Dividir as emoções, deixar que a parceira (o) encontre seu caminho e juntos descubram o rumo para uma convivência feliz.
Portanto, se uma mulher se apresenta “vestida para matar” o melhor é tentar tirar proveito da própria situação sugerida, abrir as portas do mundo sem mentir ou esconder qualquer desejo secreto por mais estranho ou bizarro que possa parecer.
Se não existir razão para um bom começo é muito melhor parar do que apostar num final melancólico e desastroso.
Se o fetiche é particular para quem vive suas experiências, também será pessoal para quem participa de qualquer relação em conjunto.
Respeitar, entender e dividir, não existe maneira melhor de começar uma relação fetichista.
Então, uma roupa adequada é sempre um bom começo...

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