quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bondage e os Bondagistas


Gosto e opinião, esses são os preceitos básicos para elaborar um quadro com as preferências dos praticantes de bondage.
Não tenho o conhecimento de alguma manifestação de bondage nova, por isso afirmo que existem três formas diferentes relacionadas com o fetiche.

Os que gostam de love bondage, por exemplo, preferem amarrar sua parceira ou parceiro e praticar as delicias que o sexo permite, e vão de caricias preliminares a tórridas relações sexuais nas quais quem está submetido pelas cordas fica impossibilitado de retribuir, sendo seus gemidos ou apelos o clímax de quem está impondo. E os parceiros imobilizados devem aproveitar cada segundo dessa relação, afinal às queixas sobre “sexo só pra mim” são tão comuns hoje em dia que lotam os consultórios de psicanálise. Cenas de podolatria dominante, alinhamento dos nós e posições de amarrações são comuns em práticas de love bondage.

Um segundo grupo de bondagistas prefere viver o que costuma ser chamado de “bondage adventure” ou “damsels in distress” que são fantasias consentidas de raptos pré-combinados, mas que só atingem seu objetivo se os participantes desses jogos tiverem a disposição de viver cem por cento o fetiche. Aqui não se aplica a necessidade de existir amarrações perfeitas com determinados tipos de cordas, porque basta imobilizar com qualquer tira de pano, fio elétrico, fita adesiva, algemas, enfim, instrumentos que se encaixem no ambiente em que a fantasia é realizada.

Por último, o fetiche de bondage que carrega com ele as demais siglas da expressão BDSM. Aqui existem dois aspectos fundamentais: os grandes mestres, principalmente que praticam o shibari, que dão ênfase ao alinhamento das cordas e as utilizam como parte de castigos, e os dominadores ou dominadoras que através de correntes, grilhões, cangas e simples ou elaboradas amarrações imprimem diversos tipos de torturas físicas e psicológicas em submissos com tendências a ficarem imobilizados. É a dominação, o sadomasoquismo, que permite a quem está no comando infringir dor e punição a quem consensualmente se entrega em suas mãos.

Considerações à parte, essa é a singela opinião do escriba aqui que por ter percorrido um longo caminho pelas estradas desse fetiche tem essa visão de bondage.
Pessoas costumam misturar estações e apregoam teses descabidas quando se deparam com alguma cena em que alguém se apresenta amarrado, quando deveriam buscar conhecer as diversas formas de como o fetiche se manifesta.
É uma questão de tendência e tesão, nenhum outro predicado é capaz de ditar uma regra ou conceito a respeito de bondage que esteja distante das práticas, porque para significar um fetiche é preciso acima de tudo que os praticantes tenham plena consciência do que gostam e vai ocorrer na vida em comum, entre quatro paredes.
Para perder a condição de reação é preciso haver confiança entre quem se entrega ao fetiche, desde as primeiras conversas até os efeitos maravilhosos que essa prática produz.
Deixando de lado a teoria, como toda regra o fetiche de bondage também apresenta as suas exceções, por isso não é impossível encontrar praticantes que por algumas vezes, ou em certos casos, utilizaram duas ou três vertentes numa só relação.
Bondage é isso, e o que vier além fica por conta da imaginação de cada um.

4 comentários:

Mestre Ygor [SC] disse...

Perfeito!

Carlos RJ disse...

Parabéns, mais uma aula de bondage.

Anônimo disse...

que velho nojento e horroroso... quanto acréscimo você faz às pessoas falando sobre uma prática doentia que deve ser tratada. vá trabalhar, vagabundo!

ACM disse...

Sr. ou Senhora anônima,

Espero que você possa um dia voltar aqui e ler essa resposta a seu doce comentário. Até porque quem esvrece este tipo de asneira é como aquele cara que faz a cagada e volta pra ver o estrago.
Normalmente eu não costumo responder a ofensas, ainda mais quando a missiva é anônima, sem cara, sem conteúdo e, principalmente sem educação.
Horroroso? Talvez...
Velho? Quem sabe, graças a Deus cheguei até aqui e melhor, mostrando a minha cara e meu nome. Pior para quem não chega e esconde a face.
Prática Doentia? Pode ser que a doença esteja nos olhos de quem enxerga, afinal a sabedoria não vende na farmácia.
Trabalhar? Só de me dar ao trabalho de tentar esclarecer a pessoas desprovidas de qualidade como você já merecia pelo menos um "bolsa família".
Volte sempre, mas mostre a carinha jovem...
Obrigado pelo comentário.