
A distancia me faz ter saudades de alguns, de outros recebo sempre noticias e diversos os tenho por perto.
Nesse final de semana por conta de uma matéria publicada num jornal aqui do Rio, um camarada que não via há tempos resolveu lembrar do escriba aqui. Paulo é um desses caras que a natureza esculpiu. Sempre alegre e brincalhão tira grandes sarros com seu lado fetichista e o transporta para o dia-a-dia sem o menor problema ou complexo.
Submisso assumido andou por anos a fio em busca de uma rainha que fosse capaz de ser a dona de todos os seus desejos e até pequenas frustrações, como ele mesmo deixa claro, até dar de cara com alguém por quem teve que ralar as calças até ficar roto para chegar perto.
Começou como o terceiro de uma lista de preferências de sua dona e das migalhas que lhe sobravam construiu um castelo que serviu de escada para alcançar o primeiro posto. Hoje, goza da exclusividade de ser o único a servir sua Mistress e nem lhe passa pela cabeça dividir o que foi conquistado, embora saiba que uma relação desse tipo a qualquer momento pode dar lugar a essa forma de disputa. Poligamia de escravos é um direito de qualquer rainha.
Mas o momento é bom e Paulo comemora agora a possibilidade de gozar de intensos quinze dias em companhia de sua dona pelas férias que ambos combinaram tirar ao mesmo tempo, para juntos tentarem algo tipo 24/7.
Pra quem pensa que tudo foram flores, Paulo passa a receita: humildade e aplicação.
Chegando aos quarenta e com boa estrada e conhecimento, viu-se obrigado a perder a barriga que o chope e o sedentarismo lhe deram de brinde, pois sua rainha o queria magro para atender seus caprichos. Sob ordens restritas, seguiu uma dieta com impressionante comprometimento perdendo peso até chegar próximo ao que sua dona impôs como meta. Segundo ele nada foi fácil, abriu mão de muita coisa em nome de um bem maior.

E se a moda pega, vou começar a procurar uma rainha que me coloque na linha, ou humildemente pedir a uma dentre as muitas que conheço e respeito que me façam perder uns quilinhos.
Bom, o importante nessa história é a confirmação que o fetiche pode mudar a vida das pessoas fazendo com que haja mais amor próprio que seja suficiente para levar uma relação adiante com mutuo respeito, porque ninguém consegue gostar de ninguém não tendo afeição por si mesmo.
Tudo isso é uma prova de que levado a sério o fetiche cura males além da depressão.
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