terça-feira, 16 de junho de 2009

O Pé Direito


Conheço a Lizandra faz tempo e desde que ela partiu para tentar a sorte em terras estrangeiras eu perdi o caminho de contato.
Semana passada ela me ligou e disse: “voltei, aqui é o meu lugar”.
Na verdade Lizandra foi tentar uma carreira “solo” na terra dos Mariachis e assustada com a gripe suína pegou a trilha de casa. Mas isso já tem tempo e me lembro que na época cheguei a argumentar sobre essa aventura, porém ela insistia em ser internacional, na verdade poderia ser Grêmio, mas apostou em ser Internacional.
Engana-se quem pensa que Lizandra queria provar a tequila em sua terra natal, porque ela foi viver mesmo uma vida horizontal, já que atravessar a fronteira e ganhar a pão de cada dia num daqueles “dancings” americanos foi impossível.
E ela topou a parada e se virou como pôde por longos três anos e segundo suas próprias palavras deu até para fazer um pé de meia.
Então tratei de contar as novidades e ela veio parar aqui nas páginas do blog, que achou fantástico. Conversa vai, conversa vem, começou a relatar suas aventuras fetichistas colhidas nesses anos de exílio pela capital Mexicana.
Foram várias, mas achei uma interessantíssima que falava de um podólatra exigente e detalhista que de inicio não agradou nossa heroína, mas aos poucos despertou sua simpatia e confiança a ponto de ser um de seus melhores “amigos”.
Ela conta que aos poucos ele conseguiu convencê-la a produzir detalhes que a princípio achava não ter sequer cabimento, mas com o tempo se acostumou com a situação e passou a ser cúmplice criando um relacionamento estreito e duradouro.
E esses detalhes começavam no trato dos pés em salões com um custo altíssimo sustentado pelo sujeito, toda semana, sem refresco. Os sapatos e botas que eram presenteados deveriam calçar os pés pelo menos três horas antes do encontro para causar o efeito desejado, sempre acompanhado de meias de seda usadas, devidamente guardadas dentro dos sapatos para não perderem o aroma.
“Durante dois anos ele nunca transou comigo, porque ele só fazia sexo com os meus pés, e mais, preferia sempre o pé direito porque achava que o cheiro era mais gostoso”. Assim ela define essa relação.
Talvez agora, ciente e com algum conhecimento de podolatria, Lizandra tenha a exata compreensão da importância de realizar a fantasia do mexicano por cerca de dois anos, e entenda que o fato de não ter havido envolvimento vaginal-peniano jamais seria motivo de desagradar ao querido parceiro, afinal era ou não era uma relação comercial?
Muitos homens entregam seus segredos mais íntimos nas mãos de prostitutas e penso que essa cumplicidade parte do principio da confiança mútua, uma vez que a prostituição é também um grande segredo.
Se sua namorada for questionada a respeito de “fabricar” odores nos pés para seu deleite e aceitar, você acaba de tirar a sorte grande através de um bilhete premiado. E trate de não desperdiçar essa chance única de cumplicidade absoluta para não acabar no divã de um psicólogo para se livrar de seus “males”.
Como diria Nélson Rodrigues, “há coisas que o sujeito não confessa nem ao padre, nem ao psicanalista, nem ao médico depois de morto.”.
Porém, confesse a sua mulher!

NATÁLIA (BRA & PANTIES) NO BOUND BRAZIL

Hoje no Bound Brazil, um set sensual da bela Natália.
Um trabalho de bondage consciente e meticuloso de Mistress Korva. Confiram!

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