
Tudo que é demasiado torna-se obsessivo e isso acarreta diversos distúrbios pessoais com os quais temos que conviver. Mas tudo isso pode ser evitado se houver uma dosagem e um limite imposto por nós mesmos.
Porém, como explicar a um podólatra, um bondagista, um sadomasoquista que naquele dia tudo tem que acontecer de maneira convencional?
Isso é polemica e muita gente tem opinião formada e nem pensa em abrir mão.
Em meu ponto de vista há que ser dosado, sem ser ortodoxo ou extremista, pois tudo na hora certa e da melhor maneira é muito mais gostoso. E o que seria de mim se não pensasse assim com todas essas Deusas que encontro toda semana para uma sessãozinha de bondage?
Nossos anseios são terríveis e por inúmeras vezes difíceis de controlar, principalmente quando existe alguma coisa diretamente ligada ao que mais gostamos. A palavra fetiche em seu significado já diz tudo: feitiço. Pois é, muita gente não sabe, mas fetiche vem da palavra feitiço, porque quando Charles de Brosses em 1757 deu o significado da palavra Fetiche, o termo já havia se difundido na Europa trazido pelos portugueses que assim chamavam os instrumentos religiosos usados na África Ocidental.
Daí em diante os estudiosos encontraram na psicanálise um elo entre a adoração por objetos e as práticas sexuais que são fonte de desejo.
Mas o sujeito gosta de bondage, está sentado no sofá da sala com a mulher ao lado e na tela começa a exibição de “Ata-me” de Almodóvar, onde e como se pode supor que essa aventura vai terminar?
O auto controle é extremamente necessário em situações que envolvem o comportamento social de cada pessoa ligada às práticas fetichistas, e isso todo mundo concorda porque é regra de conduta. Porém, se o pavio começa a incendiar a alguns metros na tela de uma televisão e entra em cena aquela velha máxima de que tudo posso e tudo é permitido dentro de quatro paredes, em nome de uma boa relação consensual, controlar torna-se uma tarefa humanamente impossível.
Se esses incentivos de difícil controle forem à mola mestre para impulsionar uma relação, poderá haver um divisor de águas que separe as relações fetichistas das sexuais sem o emprego dessas práticas, sem importar se essa relação a dois é entre um fetichista e alguém de fora ou entre ambos com o desejo acentuado pelo fetiche.
A monotonia é uma das causas para um final de relacionamento melancólico e qualquer relação, fetichista ou não, corre o risco de cair nesse abismo. Se uma relação sem pimenta pode ser considerada monótona os excessos devem ser combatidos também. Ninguém agüenta feijão com arroz todo dia.
Esse desgaste torna-se mais evidente quando agente tem a impressão de estarmos sendo intensos demais, é quando sabiamente deve haver uma reflexão profunda com o intuito de preservar o que foi construído.
Concluindo, quando ele ou ela começam a aceitar práticas fetichistas para agradar ao parceiro é sinal de que existe algo de podre no Reino da Dinamarca, portanto é chegada a hora de uma análise em conjunto através de um diálogo sincero para que no futuro isso não seja sinônimo de arrependimento.
Porém, como explicar a um podólatra, um bondagista, um sadomasoquista que naquele dia tudo tem que acontecer de maneira convencional?
Isso é polemica e muita gente tem opinião formada e nem pensa em abrir mão.
Em meu ponto de vista há que ser dosado, sem ser ortodoxo ou extremista, pois tudo na hora certa e da melhor maneira é muito mais gostoso. E o que seria de mim se não pensasse assim com todas essas Deusas que encontro toda semana para uma sessãozinha de bondage?
Nossos anseios são terríveis e por inúmeras vezes difíceis de controlar, principalmente quando existe alguma coisa diretamente ligada ao que mais gostamos. A palavra fetiche em seu significado já diz tudo: feitiço. Pois é, muita gente não sabe, mas fetiche vem da palavra feitiço, porque quando Charles de Brosses em 1757 deu o significado da palavra Fetiche, o termo já havia se difundido na Europa trazido pelos portugueses que assim chamavam os instrumentos religiosos usados na África Ocidental.
Daí em diante os estudiosos encontraram na psicanálise um elo entre a adoração por objetos e as práticas sexuais que são fonte de desejo.
Mas o sujeito gosta de bondage, está sentado no sofá da sala com a mulher ao lado e na tela começa a exibição de “Ata-me” de Almodóvar, onde e como se pode supor que essa aventura vai terminar?
O auto controle é extremamente necessário em situações que envolvem o comportamento social de cada pessoa ligada às práticas fetichistas, e isso todo mundo concorda porque é regra de conduta. Porém, se o pavio começa a incendiar a alguns metros na tela de uma televisão e entra em cena aquela velha máxima de que tudo posso e tudo é permitido dentro de quatro paredes, em nome de uma boa relação consensual, controlar torna-se uma tarefa humanamente impossível.
Se esses incentivos de difícil controle forem à mola mestre para impulsionar uma relação, poderá haver um divisor de águas que separe as relações fetichistas das sexuais sem o emprego dessas práticas, sem importar se essa relação a dois é entre um fetichista e alguém de fora ou entre ambos com o desejo acentuado pelo fetiche.
A monotonia é uma das causas para um final de relacionamento melancólico e qualquer relação, fetichista ou não, corre o risco de cair nesse abismo. Se uma relação sem pimenta pode ser considerada monótona os excessos devem ser combatidos também. Ninguém agüenta feijão com arroz todo dia.
Esse desgaste torna-se mais evidente quando agente tem a impressão de estarmos sendo intensos demais, é quando sabiamente deve haver uma reflexão profunda com o intuito de preservar o que foi construído.
Concluindo, quando ele ou ela começam a aceitar práticas fetichistas para agradar ao parceiro é sinal de que existe algo de podre no Reino da Dinamarca, portanto é chegada a hora de uma análise em conjunto através de um diálogo sincero para que no futuro isso não seja sinônimo de arrependimento.
Caro ACM
ResponderExcluirGostei deste post. Reflete bem certos conflitos de quem tem estes interesses mas nem sempre pode manifestar-los livremente, sem "amarras". Identifico-me em muitos aspectos, no tocante que tenho uma mulher/esposa à qual amo e adoro, mas com quem ainda não vi como incluir bondage/podolatria na parte sexual. Posso estar errado em minha avaliação, mas minhas tênues tentativas "introdutivas" com presentes como lingeries e sapatos de salto tiveram apenas relativo sucesso, sem me estimular o "passo seguinte". É bem o caso do estímulo que pode pintar com um filme "comum" como Ata-me. Mas ainda não chegou a esse ponto. Enquanto isso, ainda sinto-me dividido, com um bondagismo/podolatrismo de uma vida toda de um lado e um amor concreto e real por outro. Por isso me identifiquei com o post.
Não escrevo para "resolver" meu dilema. Escrevo para manifestar a identificação. E para também manifestar minha admiração pela sua iniciativa, à qual tomei conhecimento recentemente. Gosteio muito de seu trabalho. Garotas com aparência real, brasileiras, que pedem "socorro!" e não "help!", que parecem meninas que você encontra em qualquer escritório ou balada noturna, que balbuciam sob as mordaças palavras em português e não em outra língua. Que dão a sensação e noção de proximidade, de realidade. E que não se parecem em nada com as anteriores e poucas tentativas nada esteticamente belas de bondage brasileiro. Ao descobrir a existência do Bound Brazil e entrar, temi ver o mesmo produto tosco de sempre, mas não foi o caso.
O que vi foi um trabalho admirável, semelhante ao que vemos de fora de bondage puro, sem pornografia, sem nada com três X, com fetiches de roupas e pés calçados e descalços, com amarradas em cadeiras e em hogties. com a sugestão do real para consumar essa fantasia que temos tão forte. Por tudo isso, meus parabéns e meu compromisso de sempre acompanhar o que você produz.
OLÁ MEU AMIGO
ResponderExcluirGOSTEI MUITO DESTE TEMA.
ACHO QUE ELE RESUMIU BEM O DILEMA QUE A GRANDE MAIORIA DAS PESSOAS QUE TEM FETICHE(FEITIÇO) TEM EM RELAÇÃO A SEUS RELACIONAMENTOS COM PESSOAS QUE NÃO TEM O FETICHE.
MINHA EXPERIÊNCIA PESSOAL FOI DIFÍCIL, AFINAL SÓ ENCONTREI UMA NAMORADA QUE ADORAVA A MINHA FANTASIA, MAS COMO ELA QUERIA TER FILHOS E EU JÁ TINHA, NÃO DEMOS CERTO.
EU NUNCA ABRI MÃO DA MINHA FANTASIA, PORQUE NUNCA QUIS TER RELACIONAMENTOS EXTRAS PARA CONSEGUIR PRATICÁ-LA.
O DITADO ESTÁ CERTO:A VIDA É A MELHOR ESCOLA E A IDADE NOS DÁ CONHECIMENTO E NOS ENSINA A DOSAR E CONTROLAR TUDO.
HOJE APRENDI A NEGOCIAR COM MINHA COMPANHEIRA E APRENDI A TER PRAZER SEM ELA.
ÓBVIO QUE QUANDO ELA ESTÁ PRESENTE É MUITO MELHOR E MINHA COMPANHEIRA JÁ NOTOU.
ASSIM, GERALMENTE USAMOS COMO PRELIMINAR OU COMO UM VIAGRA.
ABRAÇOS
VH CARIOCA