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Fetichista convicto e amante de podolatria foi a uma boate em Copacabana atrás de um encontro raso que pudesse afagar a alma e ter momentos de prazer depois de dias difíceis.
Fora casado com Andréia uma jovem médica que o havia trocado por um colega de profissão e já era carga bastante saber que mulher havia se interessado por outro, deixado um casamento de cinco anos com uma filha no meio. Mas ele na casa dos trinta, cheio de vida e vontade levou um tempo pra perceber que o que havia construído agora era passado.
Essa história aconteceu durante a Copa do Mundo de 1994 em que o Brasil sagrou-se tetra campeão e me lembrei de contar aqui porque Sábado passado nos encontramos depois de tanto tempo depois. Hoje, vivemos em lugares distantes e não somos mais vizinhos de porta como antigamente, por isso encontrar pessoas que se esvaem pelas estradas da vida é sempre complicado, mas essa história é interessante.
A pior coisa que existe é afogar as magoas em um bordel depois de uma relação desfeita, porém a grande maioria dos homens vive esse destino não obstante a época porque os bordéis existem desde que a humanidade se organizou. E quem não fez isso?
Mateus precisava naquele dia de um pé amigo que pudesse suprir a sua carência afetiva momentânea desde a separação. Me contou que tentava enxergar um par de pés na escuridão do assoalho do inferninho e, finalmente conseguiu unir o rosto à dona dos pés desejados, muito embora não tivesse uma visão perfeita.
Combinaram, beberam algum drinque a mais e partiram para a noite perfeita.
O encontro foi num motel de quinta categoria sugerido pela “atendente” o que segundo Mateus seria um local seguro para um primeiro encontro, nada de um local muito distante mesmo que tivesse melhores acomodações e a sugestão do apartamento foi descartada logo de cara e com elegância.
Resoluto, Mateus mergulhou de cabeça porque segundo suas próprias palavras era tudo que lhe restava fazer, trocar a agonia de uma separação e largar de vez as mágoas e sofrimentos em vão. “Ninguém merece sofrer por alguém que não se importa” – lhe disse naquele tempo.
- Quando cheguei naquele pulgueiro e dei de cara com aqueles pés maravilhosos quase tive um ataque e voei em cima – disse.
Ela apresentou-lhe um par de camisinhas e ele disse que queria beijar-lhes os pés.
- Mas meus pés estão sujos, suados, eu estava dançando o tempo todo e tenho que tomar um banho antes – ele disse que a garota havia ficado assustada com a ousadia.
Mas ele jogou-se no chão assim mesmo e sem o menor pudor arrancou-lhe as sandálias e começou a saciar seus desejos sem banho, sem nada. Gostou tanto que pagou o dobro e o encontro se estendeu noite adentro terminando na manhã do dia seguinte. Passou a freqüentar o local pelo menos três vezes por semana, pegou o telefone, ficou intimo e nem ao bordel precisou voltar para vê-la.
Essa relação se transformou num romance de vários anos que segundo Mateus só terminou há um ano e meio atrás. Ela deixou de trabalhar na boate, ele a assumiu e moraram juntos até não dar mais certo. Não quis comentar as razões que fizeram esse envolvimento desmoronar a fundo, mas me garantiu que viveu os melhores anos de sua vida a seu lado.
Estava tarde, havia filmado durante toda à tarde para o site e o cansaço já me baita a porta. Achei legal demais ter reencontrado Mateus e ter escutado sua história, é sempre bom saber por onde andam os amigos e tive sorte porque nos vimos já de noite após ele ter ido visitar parentes perto do local onde fomos vizinhos.
Nos despedimos e Mateus me confessou que dali sairia em busca de novas emoções em um outro bordel na tentativa de começar tudo outra vez.
Pano rápido!
(Crédito da foto: Blog Louco por Pés)
Nunca pensei que pessoas com fetiches por pés gostassem deles suados até reparar num namorado que eu tive. Sempre aprendendo!
ResponderExcluirquero alguém que deixe beijar seus pés, mas femininos..
ResponderExcluirnunca fiz isso..
mas sou louco para fazer..