
Conversa de fetichista acaba sempre em algo comum.
Não que gostar de fetiche seja condição necessária de falar sempre sobre o mesmo assunto, até porque acho isso uma completa anulação e mostra incapacidade de convivência. Mas na hora certa e entre pessoas que falam o mesmo idioma é muito bom.
Sábado passado falávamos sobre alguns filmes que marcaram época, que trazem lembrança de algo de tanta força que o tempo não apaga, e alguns comentários daqui pra lá e de lá pra cá levaram a algumas conclusões.
Alguns até admitem abertamente que na maioria dos casos gente do bem torce pelos bandidos e isso é inegável. Coloquemos assim: “que ele faça bastante maldade com ela, que a mantenha amarrada por grande parte do filme, que a torture o tempo necessário sem causar-lhe maiores prejuízos físicos, mas no final se dê muito mal”.
Isso mostra a inocência do fetichista que cria um mundo paralelo de fantasia quando se depara com um cenário que lhe dá essa condição. Quem nunca sonhou na adolescência com a garota mais bonita da turma sendo seqüestrada? E, pior, justamente por nós mesmos!
Pois essa fantasia acompanha a vida toda, muda apenas de local e de possibilidades, afinal, se fazemos isso com nossas namoradas, esposas, amantes, por que não construir uma relação com o que foi puro sonho de noites de verão lá atrás?
Nada é moralmente incorreto quando acontece de forma consensual, ou seja, se ultrapassa as telas do cinema ou o mundo dos sonhos é caso de internação para tratamento urgente. Ninguém sai por aí seqüestrando uma mulher porque tem desejos bondagistas, ninguém sai torturando alguém sem consentimento mesmo que tenha tentações sadomasoquistas. Há uma ordem a obedecer e uma linha de conduta que pautar.
Mas a vida é uma grande festa quando sabemos ter distinção do que é certo e do que é errado. E dentro desse compasso, em certo momento mostrei alguns emails que tenho recebido de uma novidade que me causa espanto. Algumas mulheres tem enviado mensagens depois que o site foi ao ar e após observarem aqui no blog as meninas amarradas, os vídeos de preview, ou ainda, o making off, perguntando sobre a possibilidade de produzir um vídeo ou um set de fotos privado amarradas para presentear seu parceiro. Seria uma nova fórmula de atrair alguém para o fetiche sem ter que negociar tal situação? Ou será que a mulher sente-se atraída pelo fetiche e gostaria de guardar uma lembrança com fotos assim?
Não sei ao certo, mas moda é o momento que faz e algumas correspondências chegam com esse intuito. Alguns transexuais também me pedem que realize um trabalho de bondage para ser filmado e fotografado e prometem guardá-los com eles.
Isso tudo é parte de uma grande onda fetichista que há muito tempo ronda os principais lugares do planeta e agora chega com força ao Brasil, e como uma Tsunami está trazendo o fetiche para ensaios fotográficos de moda, lançamento de coleções de lingeries e vestimentas íntimas.
E as meninas têm demonstrado cada vez mais que querem fazer parte desse planeta fetichista mesmo estando restrito a quatro paredes. E isso é muito bom porque desmistifica, passa a ser encarado com normalidade e enterra de vez a velha retórica que insiste em nos chamar de um bando de malucos e pervertidos.
Resumo da ópera: um fetichista vive muito mais feliz.
Não que gostar de fetiche seja condição necessária de falar sempre sobre o mesmo assunto, até porque acho isso uma completa anulação e mostra incapacidade de convivência. Mas na hora certa e entre pessoas que falam o mesmo idioma é muito bom.
Sábado passado falávamos sobre alguns filmes que marcaram época, que trazem lembrança de algo de tanta força que o tempo não apaga, e alguns comentários daqui pra lá e de lá pra cá levaram a algumas conclusões.
Alguns até admitem abertamente que na maioria dos casos gente do bem torce pelos bandidos e isso é inegável. Coloquemos assim: “que ele faça bastante maldade com ela, que a mantenha amarrada por grande parte do filme, que a torture o tempo necessário sem causar-lhe maiores prejuízos físicos, mas no final se dê muito mal”.
Isso mostra a inocência do fetichista que cria um mundo paralelo de fantasia quando se depara com um cenário que lhe dá essa condição. Quem nunca sonhou na adolescência com a garota mais bonita da turma sendo seqüestrada? E, pior, justamente por nós mesmos!
Pois essa fantasia acompanha a vida toda, muda apenas de local e de possibilidades, afinal, se fazemos isso com nossas namoradas, esposas, amantes, por que não construir uma relação com o que foi puro sonho de noites de verão lá atrás?
Nada é moralmente incorreto quando acontece de forma consensual, ou seja, se ultrapassa as telas do cinema ou o mundo dos sonhos é caso de internação para tratamento urgente. Ninguém sai por aí seqüestrando uma mulher porque tem desejos bondagistas, ninguém sai torturando alguém sem consentimento mesmo que tenha tentações sadomasoquistas. Há uma ordem a obedecer e uma linha de conduta que pautar.
Mas a vida é uma grande festa quando sabemos ter distinção do que é certo e do que é errado. E dentro desse compasso, em certo momento mostrei alguns emails que tenho recebido de uma novidade que me causa espanto. Algumas mulheres tem enviado mensagens depois que o site foi ao ar e após observarem aqui no blog as meninas amarradas, os vídeos de preview, ou ainda, o making off, perguntando sobre a possibilidade de produzir um vídeo ou um set de fotos privado amarradas para presentear seu parceiro. Seria uma nova fórmula de atrair alguém para o fetiche sem ter que negociar tal situação? Ou será que a mulher sente-se atraída pelo fetiche e gostaria de guardar uma lembrança com fotos assim?
Não sei ao certo, mas moda é o momento que faz e algumas correspondências chegam com esse intuito. Alguns transexuais também me pedem que realize um trabalho de bondage para ser filmado e fotografado e prometem guardá-los com eles.
Isso tudo é parte de uma grande onda fetichista que há muito tempo ronda os principais lugares do planeta e agora chega com força ao Brasil, e como uma Tsunami está trazendo o fetiche para ensaios fotográficos de moda, lançamento de coleções de lingeries e vestimentas íntimas.
E as meninas têm demonstrado cada vez mais que querem fazer parte desse planeta fetichista mesmo estando restrito a quatro paredes. E isso é muito bom porque desmistifica, passa a ser encarado com normalidade e enterra de vez a velha retórica que insiste em nos chamar de um bando de malucos e pervertidos.
Resumo da ópera: um fetichista vive muito mais feliz.
(Na foto que ilustra a matéria o filme La Dolce Vita de Frederico Fellini do ano de 1960)
Um comentário:
Meu amigo.. Fantástico esse texto. Essa fantasia de presentear o namorado com um ensaio sensual, inclusive envolvendo bondage, é algo mais próximo da realidade do que imaginamos. Certa vez ouvi em uma mesa de bar (mas não consegui prestar muita atenção aos detalhes) algumas meninas comentando que aqui em Curitiba já existe um studio onde se faz esse tipo de "presente" para os namorados, maridos, amantes, etc.
Ah.. pena que não tive essa idéia antes. Eta profissão boa que deve ser. Quanto a imaginar a garota mais bonita da turma sequestrada.. toda amarradinha... isso é fato. Como já imaginei essa cena!! com a garota mais bonita da escola, do clube, do prédio. Inclusive elas juntas. Uma vez no colégio um amigo meu falou sobre uma garota, que era linda, mas meio chatinha "- puxa vida, tinha que colocar uma mordaça americana na boca da fulana". Os outros meninos riram.. mas eu senti um frio da espinha e quando fiquei a sós com meu amigo, perguntei o que era "mordaça americana".. e ele me disse.. "-aquela fita bem grudenta que usam para amordaçar as mulheres nos filmes".. Eu imaginei minha coleguinha linda amordaçada com silvertape.. e esse pensamento me perseguiu durante anos. Como vc bem disse "não podemos sair por aí sequestrando, amarrando e torturando mulheres.. mas o pensamento, a imaginação, as fantasias, são livres e, quem derá, um dia possam virar realidade. O bondage, soft, hard, seja qual for o estilo, está chegando com tudo no Brasil e você, meu caro amigo ACM, abriu uma das portas. Cabe a nós, apaixonados pelo tema, nos livrarmos de preconceitos e moralismos, comentar o assunto com amigos e amigas, e assim quebrar as demais barreiras.
ufffaaaa.. fico por aqui... fortíssimo abraço.
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