quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fetiches e BDSM


Na vida há fetiche pra tudo.
Existem pessoas com fetiches por moda, dinheiro, poder, enfim, o fetiche pega nas pessoas como uma gripe e não desgruda mais. Porém, aqui se escolheu falar dos fetiches sexuais, que representam as fantasias sexuais e, por isso, as pessoas podem pensar que para ser um fetichista é preciso gostar de atividades ligadas ao BDSM.
Porém, não é necessário pertencer a um grupo de BDSM para ter um fetiche. Há casais que fantasiam com swings, ménage a trois e outras brincadeiras de adultos conhecidas como taras sexuais.
Entretanto, esta gente praticante deste tipo de fantasia não se excita com cordas, correntes, velas ou chibatas. O sexo é o coringa do jogo, e o fetiche criado em torno dele apimenta relações e cria um elo de cumplicidade que é capaz de segurar até crises.
Claro que existem casos em que as pontas se juntam e estes praticantes de jogos adultos também se envolvem em atividades fetichistas ligadas ao BDSM. Isto ocorre, de uma forma geral, quando a descoberta por prazer pelos fetiches que envolvam bondage, dominação e disciplina acontece mais tarde, ou seja, estas pessoas não carregam a veia sadomasoquista desde os primeiros passos, e descobrem nas fantasias ligadas a estes fetiches um quesito a mais na busca pelo prazer.
Aliás, quem não busca o prazer na vida? Se vestir bem é um prazer.
Existem mulheres com fetiches por roupas de couro ou sapatos de salto alto que quando deparam com a possibilidade de utilizar estes objetos com intuitos sexuais, adentram no universo BDSM e acabam se transformando em praticantes. Aprendem tudo sobre o fetiche e escolhem um rumo a seguir. É preciso ter coerência para analisar alguns comportamentos em particular, porque nem sempre o tesão por vestimentas de couro ou látex é de exclusividade de mulheres com tendências dominantes.
Por mais que reze a lenda que as dominadoras sejam usuárias de corseletes ou botas existem várias submissas sexuais que morrem de amores por este tipo de roupa.
Faz pouco tempo escutei de uma amiga que esteve na Itália no ano passado, todo o descontentamento de ter freqüentado um evento classificado como fetichista sem ter visto qualquer manifestação de BDSM por lá. Segundo ela, os praticantes estavam vestidos a caráter, mas nenhuma cena com práticas dominantes rolou na festa.
Em lugares onde o fetiche funciona como uma sub-cultura é comum existir este tipo de evento, onde pessoas se apresentam em dress code sem, no entanto, haver práticas ou afins.
Aqui quando se fala em festa fetichista as pessoas costumam associar imediatamente a praticas de BDSM e se preparam para assistir cenas de uma masmorra transportada para um palco de uma casa noturna. Infelizmente tudo começou muito depois por essas bandas, e as pessoas se perdem quanto a conceitos.

Outro dia assisti uma consultora de moda feminina no canal GNT vociferando bobagem quanto ao tema fetiche. Se ela se limitasse a falar do que entende, sobre o fetiche enquanto moda, não haveria qualquer problema. Mas no momento que misturou as estações e passou a falar em comportamento e conduta ela perdeu a pose e a oportunidade de ficar de fora.
A coisa é simples e não tem erro: a mulher pode sair para uma festa montada num corselete negro e vinho, com uma saia de couro e um sapato de fazer inveja ao primeiro podólatra na próxima esquina. Até aí é um dress code fetichista que um evento assim solicita. Mas se uma entendida em moda sugere a utilização de um “chicotinho” o melhor é mudar de canal e esquecer tudo que ela tentou explicar.
Resumindo: numa festa a fantasia eu posso me vestir de Superman (aliás, ficaria ridículo cacete!), mas daí a abrir a janela e voar existe uma distancia enorme, talvez a mesma da loura vestida de preto segurando o tal “chicotinho”.

Um comentário:

µrsiŋђα Ѽ  disse...

3 anos de BDSM.. com muito carinho ofereço um selo a todos.

bjs de mel

ursinha