
Faz exatos vinte anos e parece que o tempo não passou. As lembranças às vezes são tão vivas que ficam próximas e o passar dos anos inexiste em certos momentos.
Coube ao destino que meus primeiros passos no universo fetichista fosse em Amsterdam, a capital do pecado, pelo menos até o Onze de Setembro, como diz meu amigo Arjan. Claro que o fetiche vivia dentro mim, aparecia nas minhas aventuras, mas foi exteriorizado por lá, onde pessoas se mostram com tanta naturalidade que se a princípio assusta, com o tempo ajuda.
O Olav era um sujeito tranqüilo. Me ajudou muito a perder a timidez.
Tinha um caso com uma submissa bem alta, uns vinte centímetros a mais. A cena era até engraçada; aquele baixinho sentando o sarrafo na grandona.
O fetiche é assim, ou seja, nada é estranho onde tudo é estranho.
Um dia rolou uma festa e o Olav entrou com sua submissa puxando-a por uma corrente presa à coleira. Ela trajava um macacão de vinil negro e dava pra notar que as calças eram largas com um buraco entre as pernas. Permaneceu num canto quase calado por boa parte do tempo sem falar com ninguém como era de costume. Pensei até que havia um problema entre eles.
Mas o pequenino dominador tinha algo em mente, por isso, a fisionomia pensativa.
Tomou de assalto uma mesa de madeira, deitou ali sua parceira com os braços acima da cabeça e as pernas abertas. Naquele momento, diante do olhar de todos, Olav tinha a sua submissa na altura exata, e era capaz de olhá-la de cima para baixo.
Tirou do bolso dois pares de algemas e uma caixa de taxinhas. Usou as algemas para prender os pulsos da parceira e com um martelo pregou delicadamente as calças da moça no tampo da mesa.
Não pensem que foi simples. O cara deve ter pregado mais de cem taxinhas para deixar a garota com as pernas imóveis e totalmente abertas. A cena tinha um visual interessante, principalmente porque as taxinhas tinham as cabeças prateadas, o que provocava um brilho extra a imagem.
A mulher estava imóvel. O medo era visível em seu semblante, afinal, um erro na cacetada e a taxinha lhe cortaria a pele, fora a inevitável dor da martelada...
Mas o Olav foi cirúrgico e terminou de preparar a cena sem um errinho sequer. A submissa jazia com as pernas imóveis expondo sua genitália pelo buraco no macacão. Daí todos se aproximaram, inclusive eu, para ver o que seria dali por diante.
Entre conhecidas práticas e atitudes bizarras como a introdução do cabo do martelo envolvido com uma camisinha, o Olav roubou a cena e fez a festa. Até aí nada de demais, pois em se tratando de uma play party os que atendem ao chamado conhecem aquilo que vão assistir, mas aquele holandês bacana e parceiro me confessou um segredo que durante anos me “martelou” (nada a ver com o martelo introduzido vagina adentro!) o pensamento: o cara só conseguia ereção aos trinta e poucos anos quando a coisa acontecia em público. Entre quatro paredes nada rolava, por mais que a cena fosse recheada de suas taras.
Exibição é um fetiche, muito comum quando aliado a práticas sadomasoquistas, mas ao se tornar indispensável para alcançar a paudurecência devida dá curto circuito. Soube depois que o sujeito chegava a pagar por audiência e nas festas ejaculava diversas vezes nas calças enquanto se entregava às praticas.

Passei a compreender também as trocas freqüentes de parceiras. Aceitar esse tipo de comportamento do parceiro não é fácil.
Como tudo na vida costuma aflorar quando completa um ciclo, esses vinte anos desde o começo em Amsterdam até os dias de hoje devem render umas boas histórias...
5 comentários:
Nobre amigo e ilustre ídolo,
Defeito ficar até tarde “navegando”????...hummm...então somos dois defeituosos...rss..é na madrugada, tudo quietinho aqui em casa, que leio, que deixo minha imaginação fluir, que deixo meu humilde pitaco meio discordando meio concordando nos blogs visitados e por aí se vai a noite e a madrugada e no outro dia, só pra variar perco hora de novo, mas eu gosto...rss
Qto ao meu post , foi uma atitude audaciosa sim, mas eu precisava ao menos tentar externar minha felicidade pela realização de um sonho de um desejo e o mais importante reconhecer e agradecer Dono de mim por me proporcionar aqueles momentos extasiantes, eróticos, sensuais, porém realizados com desejos e escolhas verdadeiras inerentes nos dois ...ahh não dá mesmo pra colocar em palavras, mas eu tentei...*pisc
Ahhh que delícia reviver seus primeiros passos fetichistas, que os Deuses dos desejos e das fantasias sempre te acompanhem para que tenha muitas vivências e práticas e delas surjam mais e mais histórias como esta!!
ahh claro uma imagem mais linda e sugestiva que a outra..rss
bjs ternos da amiga e fã
{ternura}_L.B.
Ternurinha
Tenho um caso de amor com a madrugada desde muito tempo. Já discutimos, nos separamos, mas sempre volto...
Fazer o que?
Comentei o teu relato no blog.
Diria que é um dos meus pratos prediletos, embora reconheça que por opção ando meio de dieta...rs
A coragem é tudo e em você sobra!
Valeu a visita e essas historinhas dos primeiros anos de aprendizado as vistas de feras me fazem muito bem. O fetiche existia, mas vivia amordaçado até que deu o ar de sua graça...
Te deixo um beijo agradecido.
Do amigo ACM:)
Bem como vc sabe não gosto muito de expor o nosso realcionamento nem tão pouco os meus sentimentos..Porém essa foi a forma que eu encontrei pra te agradecer por está na minha vida por 4 anos e 4 meses.Diga-se de passagem sendo completados hoje!
Por todas as vezes que você me apoiou
Por todas as verdades que você me fez ver
Por toda alegria que você trouxe para minha vida
Por todos os erros que você fez certo
Por todos os sonhos que você fez tornarem-se reais
Por todo amor que encontrei em você
Eu serei eternamente grata.
Você foi o único que me ajudou a me levantar
Nunca me deixou cair
Você foi o único que me viu através de tudo isto
Você foi a minha força quando estava fraca
Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Me levantou quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou
Porque você me amou
Você me deu asas e me fez voar
Você tocou minha mão, eu toquei o céu
Eu perdi minha fé, você me trouxe ela de volta
Você disse que nenhuma estrela estava fora de alcance
Você ficou do meu lado, e eu suportei
Eu tenho seu amor, eu tenho tudo
Eu sou grata por esses dias que você me deu
Talvez eu não saiba muito disso
Mas eu sei que este muito é verdade
Eu fui abençoada porque eu fui e sou amada por você
Você esteve sempre aqui por mim
O vento gentil que me carregava
Uma luz no escuro brilhando seu amor na minha vida
Você tem sido minha inspiração
Através das mentiras, você foi a verdade
Meu mundo é um lugar melhor por sua causa
Eu sou tudo que sou
Porque você me amou
Obrigada por vc existir na minha vida!
Meu Tudinho!!!
Minha...
Você é a baunilha que faz o melhor sorvete do mundo!!!!
Beijos há quatro anos sem perder o encanto!
ACM :)
Felicidades para ambos, ñ importa o sabor, e sim afinidades e harmonia.
Beijos doces
sub_ísis
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