
A palavra de ordem é acolhimento.
Nunca me achei dono de toda verdade absoluta a respeito de qualquer fetiche, por muito posto aqui no blog a minha opinião sobre os mais variados assuntos relacionados a esse tema. Porém, alguns emails chegam e via de regra dúvidas são comuns e jamais me furtaria a tentar ajudar. Por isso, conhecendo muitos amigos e amigas que comigo dividem esse pequeno espaço fetichista, vou publicar algumas dessas questões sempre obedecendo à privacidade de quem as escreve através de pseudônimos, e quem sabe receber nos comentários o que pensa cada um.
NOVATO
(...) Venho encontrando dificuldades de me relacionar em clubes fetichistas porque acho sempre que mereço mais atenção do que me é dedicada. Sou submisso e descobri essa tendência recentemente, mas minha timidez carece de um empurrão e sinto-me deslocado porque nos clubes existe um círculo fechado onde todos se conhecem reduzindo o espaço de quem chega.
Só consigo ver uma saída que é seguir tentando. Às vezes a timidez fala mais alto e mostra sinais muito mais fortes na questão de relacionamento do que no impulso que o levou a buscar o lugar adequado para iniciar-se no fetiche. Meu conselho é procurar ir acompanhado de alguém mais chegado o que facilitaria a aproximação, porque o incentivo de alguém mais próximo costuma ser um bom começo ou, tentar buscar em meio aos freqüentadores alguém que tenha as mesmas características tímidas e juntos possam se auto ajudar.
Normalmente as pessoas que freqüentam clubes fetichistas o fazem com assiduidade e, por isso, estreitam-se em um circulo de amizade que aos olhos de quem chega parece complicado fazer parte desse grupo. Entretanto, uma vez feita à aproximação posso garantir que toda a timidez vai para o buraco.
GRETA
Minha natureza é totalmente submissa, em casa, no trabalho, sempre foi assim desde os tempos do colégio (...). Você acha que eu deveria conversar com meu marido a respeito de práticas sexuais de dominação e que isso poderia ser uma saída para melhorar a relação?
Existe uma diferença enorme entre a submissão social e a sexual. Não se pode confundir as duas coisas, porque a primeira é um assunto que deve ser tratado através de análise de comportamento com profissionais competentes que a ajudariam, porém em se tratando de submissão sexual de fato abrir o jogo e conversar a respeito do assunto com seu companheiro, sem preconceitos, ajudaria bastante. A relação somente terá alguma melhora se houver de parte de ambos o entendimento perfeito do que está posto em discussão, caso contrário se houver falta de confiança quanto à receptividade de seu marido, melhor ter cuidado ao tocar no assunto. Mas eu o faria assim mesmo, afinal porque guardar uma coisa desse vulto e deixar a relação acabar? Vale muito a pena perder tentando do que seguir sem arriscar.
Vale esclarecer que muitos comentários ou assuntos como esses postados hoje aqui chegam através de email que fica visível no blog. Muitas pessoas preferem à correspondência privada a publica e fica o incentivo a quem quiser mandar suas dúvidas utilizar o mesmo método. Muita gente com conhecimento em todos os fetiches ajuda na construção desse canal de comunicação e jamais deixará de acolher a quem chega, da mesma forma que todos um dia passaram pelo mesmo processo.
2 comentários:
Algumas vezes a timidez fica por conta dos mestres e dominadores também. É preciso quebrar esta barreira, por isso sorte de quem tem um clube BDSM perto para frequentar, fica mais fácil.
Fico muito feliz em saber q além de publicar matérias muito interessantes sobre bondage e SM, este blog está ajudando de alguma forma a pessoas q precisem de alguma orientação na sua vida sexual ( falando sobre seus fetiches, até então escondidos e pouco entendidos) e na sua vida social.
Que este blog se torne cada vez mais o ponto inicial para q as pessoas mudem sua cultura e passem a falar abertamente sobre seus fetiches, seus desejos, sem nenhum tipo de pudor ou preconceito
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